Respire devagar... Observe uma família de indivíduos que estivera presa durante 30 anos e suas diferentes personalidades... A novidade de ver o sol, o vento, o verde, os diversos tipos de solo, enfim, conviver com um mistério, a liberdade! Uns tímidos, quietos, outros mais corajosos a buscar as oferendas da natureza... Ouçam a música que é um elemento de envolvimento no ambiente novo para os primatas e lembre-se de agradecer aos seus sentidos, inclusive ao seu sexto sentido, aquele mais obscuro pouco lembrado ou percebido...!
Tags: chimpanzés, experimentos farmacêuticos, fotos, Gut Aiderbichl, HIV,laboratório, maus-tratos animais, Michael Aufharser, vídeo
Eles são 38 chimpanzés, ao todo, e têm nomes como Susi, David, Clyde, Lingo ou Moritz. Arrancados dos braços das mães, na África, ainda bebês, ou já nascidos em cativeiros, foram mantidos por 30 anos ou mais sem contato com qualquer outro animal, com a natureza ou com o sol, vivendo em ambiente fechado e, para experimentos farmacêuticos de um laboratório austríaco, infectados com vírus como os da hepatite e do HIV.
Com a compra do laboratório austríaco pela multinacional americana Baxter, em 2002, os testes seriam imediatamente suspensos. Os novos proprietários ainda anunciaram que a empresa tinha a “responsabilidade moral” de melhorar a vida dos chimpanzés, que em condições normais podem viver até os 60 anos de idade.
Eles foram então levados para um local fechado num parque tipo safari enquanto se providenciava a construção de um abrigo natural para animais nessas condições, mas dois anos depois problemas financeiros levaram à interrupção do empreendimento e os macaquinhos foram obrigados a viver em jaulas até setembro de 2011.
Aí, finalmente, veio a liberdade, com os chimpanzés transferidos para um santuário ao ar livre em Gänserndorf, quase na fronteira da Áustria com a Eslovênia, pertencente à ONG de proteção a animais Gut Aiderbichl, dirigido pelo conservacionista Michael Aufharser, 60 anos.
A Gut Aiderbichl abriga mais de mil animais vítimas de maus tratos e deu origem a 15 outras pequenas fazendas com o mesmo propósito na própria Áustria, na Alemanha, na Suíça e na França.
Segundo Aufharser, dois chimpanzés morreram antes de finalmente voltarem a viver como deveriam, e mais de um enlouqueceu no cativeiro. Agora, estão tentando a recuperação de todos os sobreviventes
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