Postagem em destaque

O QUÉ significa Isto ?

🌍 | AGORA: Argélia, Arábia Saudita, Egipto, Nigéria e outros países começaram a retirar as suas reservas nacionais de ouro dos Estados Unidos.

Mostrando postagens com marcador Lava jato. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lava jato. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A Lava Jato sofre ataque de autoridades interessadas em impedir sua conclusão...

Prepara-se o fim da Lava Jato

Corrupção (Foto: Arquivo Google)
Ricardo Noblat
Que não se diga depois que os coveiros da Lava Jato atuaram em segredo para enterrá-la sem que houvesse a mínima chance de impedi-los.

O segredo acabou em maio último quando foram reveladas gravações de conversas do empresário Sérgio Machado com os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, e o ex-presidente José Sarney.
Desde então avançaram as providências para que a Lava Jato seja velada em breve.
Na semana passada, o ministro Edson Fachin, novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu denúncia da Procuradoria-Geral da República e abriu inquérito para investigar Machado, Jucá, Renan e Sarney por tentativa de obstrução da Justiça.
Numa das conversas, Jucá diz que é necessário "estancar a sangria" da Lava-Jato, do contrário não restará vivo um só dos atuais políticos.
Noutra, Renan fala em restringir as delações, base das acusações mais explosivas contra ele e outros investigados.
Com Sarney, Machado discute a derrubada da então presidente Dilma Rousseff e se queixa da falta de acesso ao ministro Teori Zavascki, na época, relator da Lava Jato. Sarney aconselha Machado a procurar um advogado amigo de Teori, o único com livre acesso a ele.
“Prende, mas não esculacha”, pediu Elias Maluco, traficante de drogas e um dos assassinos do jornalista Tim Lopes, ao se render à polícia em setembro de 2002, no Rio.
Ao capitão Nascimento, do filme “Tropa de Elite”, o traficante de nome Baiano, depois de preso e espancado, suplica antes de ser morto com um tiro à queima roupa: “Na cara não, chefe, para não estragar o velório”.
A Lava Jato corre o risco de ser esculachada e de levar um ou mais tiros na cara à luz do dia sem que se manifestem em seu apoio, salvo nas redes sociais, os que celebraram radiantes nas ruas a derrocada de Dilma e do PT.
Dilma caiu porque desrespeitou a Constituição ao maquiar as contas do governo e gastar além do que estava autorizada. Mas caiu também pelo “conjunto da obra”.
Ela empurrou o país para o buraco da mais grave recessão econômica de sua história. E para se eleger e se reeleger, beneficiou-se do mais gigantesco esquema de corrupção que jamais existira, responsável também pela degradação da Petrobras, e que garfou até mesmo uma fatia do salário de servidores públicos pendurados em empréstimos consignados.
Tal esquema foi desmontado em parte pela Lava Jato. Os que o usufruíam, em sua maioria continua impune. No máximo, responde a inquéritos e processos.
Essa gente, com assento privilegiado em todos os escalões da República, conspira e age sem pudor para limitar, deter ou se possível sepultar a mais bem-sucedida operação de combate à corrupção que já vimos por aqui.
O STF dará a palavra final sobre o destino das mais altas autoridades suspeitas de corrupção? Indica-se para a vaga de Teori o ministro que assumirá o papel de revisor dos feitos da Lava Jato.
Quem será o ministro? Alguém da inteira confiança dos que mais tarde serão julgados por ele. Quem aprovará seu nome no Senado? Ora, os felizes apoiadores de sua indicação.
O que fazer para aplacar a fúria investigatória da República de Curitiba? Transfere-se para outros lugares quem servia, ali, à Polícia Federal. E o que mais? Vota-se no Congresso a lei de anistia do caixa dois.
Por fim, o Congresso acaba com a delação premiada para quem estiver preso. Só valerá para quem estiver solto.
Duvidam? Pois mexam-se!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Você acredita que o Brasil se tornará um pais sério?

Os riscos em torno da decisão do STF sobre escutas

A pauta do Supremo, na volta do recesso, inclui recurso sobre a duração de grampos cujo veredicto pode permitir o bloqueio de operações como a Lava-Jato
Grampo telefônico (Foto: Arquivo Google)
Editorial O Globo
Por contingências da evolução da vida pública brasileira, o Supremo Tribunal tem sido levado a tomar decisões na fronteira do universo da política. Há quem chame isso de “judicialização”, de forma pejorativa, embora registre-se que a Corte não age por conta própria, apenas quando é acionada. É o que tem acontecido, sem que isso impeça a politização de veredictos. Nada a fazer.
Como também houve uma “criminalização” da política, mesmo quando o Judiciário trata de temas técnicos na área criminal pode, mesmo que não queira e nem seja sua função, afetar interesses de partidos e políticos.
O ano do Judiciário terminou agitado, devido à liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello afastando do cargo o presidente do Senado, Renan Calheiros, por não ser possível réu estar na linha de substituição do presidente da República. O clima ficou ainda mais tenso com o desrespeito da decisão pelo político alagoano, em parte apoiado pelo Pleno da Corte — Renan ficou fora da linha sucessória, mas se manteve na principal cadeira da Mesa do Senado. Tempos estranhos.
A volta do recesso, em fevereiro, deve também ser acompanhada por outro tema pesado na agenda do STF: o julgamento de um processo, nas mãos do ministro Gilmar Mendes, que decidirá, com repercussão geral — o veredicto terá de ser seguido por todos os tribunais —, se escutas podem ser realizadas por mais de 30 dias.
Há enorme controvérsia sobre o assunto, com decisões favoráveis e contrárias no Judiciário. Está mesmo na hora de uma definição. Mas as implicações de uma posição final favorável ao prazo fixo, burocrático, de 30 dias pulverizarão incontáveis operações de combate à corrupção, a começar pela Lava-Jato.
O próprio Marco Aurélio, atendendo a pedido de réu, suspendeu julgamento que seria realizado em novembro, na segunda instância da Justiça federal fluminense, de um grupo de conhecidos bicheiros do estado, atuantes no ramo mafioso dos caça-níqueis, à espera do que decidirá Gilmar Mendes sobre a duração de grampos.
A origem desse processo, cuja relatoria está com Gilmar Mendes, é uma operação de investigação de crimes de colarinho branco cometidos no grupo empresarial Sundown, em que atuaram, entre outros, o promotor Deltan Dallagnol e o juiz Sérgio Moro. Irônica coincidência. A operação terminou suspensa pela Justiça.
Há interpretações conflitantes no Conselho Nacional de Justiça, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo. No centro deste emaranhado estão a Lei de Interceptação Telefônica (9.296/96) e a Lei do Crime Organizado.
O bom senso aconselha que sejam realizados tantos grampos quanto necessários para o combate vitorioso ao crime, todos devidamente autorizados pelo juiz. Até mesmo em nome da defesa do respeito da sociedade ao Poder Judiciário.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Sergio Moro sai de férias e no seu posto entra Gabriela Hardt

Saiba quem é a juíza substituta de Moro na Lava Jato

Nas redes sociais, a juíza Gabriela Hardt se revela esportista, exibe fotos de viagens, cartas da filha mais nova e fotos ao lado de amigos

Por Da redação

Durante as férias do juiz federal Sergio Moro, de folga até o dia 20 de janeiro, quem assume os processos da Operação Lava Jato em primeira instância é a juíza-substituta Gabriela Hardt. Ela é formada em Direito pela Universidade Federal do Paraná e deverá manter o ritmo da 13ª Vara Federal de Curitiba.
A juíza já mostrou ser tão rigorosa quanto Moro por meio da decisão desta quarta-feira, em que determina que o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira deverá indicar um imóvel para garantir fiança estabelecida pelo juiz Sergio Moro no último dia 16. O ex-tesoureiro petista foi solto mediante a fiança e é acusado de ter recebido propina referente ao contrato para a construção do novo Centro de Pesquisa Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro.
Leia também:
“Oportunizo que seja indicado imóvel desembaraçado de ônus como caução real para garantia da fiança fixada pelo Juízo Titular. Caso o imóvel não pertença a Paulo Adalberto Alves Ferreira, deverá o proprietário apresentar termo oferecendo o bem em garantia”, decidiu a juíza.
Nas redes sociais, Gabriela se revela esportista, exibe fotos de viagens, cartas da filha mais nova e fotos ao lado de amigos.
(Com Estadão Conteúdo)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

"Quem paga a milionária defesa dos acusados na Lava Jato? / blog de Aluizio Amorim

quinta-feira, dezembro 01, 2016


DELAÇÃO PODE DESVENDAR MISTÉRIO: QUEM PAGA A MILIONÁRIA DEFESA DOS ACUSADOS NA LAVA JATO?

Ao menos uma centena de advogados criminalistas vivem expectativa de nova fase da Operação Lava Jato, mas desta vez os alvos seriam eles próprios. É que, em sua delação premiada, a Odebrecht finalmente esclareceu um grande mistério: quem paga a milionária defesa dos acusados na Lava Jato. Executivos revelam que empreiteiras enroladas na investigação bancam a defesa milionária de políticos enrolados. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Ainda não se sabe o que empreiteiras como Odebrecht gastaram (e ainda gastam) com advogados de políticos, mas pode chegar ao bilhão.
Por meio de quebra de sigilo e rastreamento, a Lava Jato pode chegar à origem eventualmente ilícita de honorários advocatícios.
A investigação da origem dos pagamentos aos mais caros criminalistas do País deve ser cuidadosa, para não ofender a lei e melindrar a OAB.
Os escritórios e o exercício da advocacia são protegidos por legislação que garante aos profissionais direitos e prerrogativas especiais. Do site Diário do Poder

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

"Marcelo Odebrecht entregou tudo..." / Em IstoÈ

sexta-feira, novembro 11, 2016


REPORTAGEM-BOMBA DE 'ISTOÉ' REVELA QUE LULA RECEBIA PROPINA DE DINHEIRO VIVO. MARCELO ODEBRECHT ENTREGOU TUDO.

A reportagem-bomba da revista IstoÉ traz revelações exclusiva do acordo de delação premiada de Marcelo Odebrecht, que há mais de um ano mofa na prisão em Curitiba. A chegada das festas de final de ano quem sabe sensibilizaram aquele "coração sensível e terno" do mega empresário que chafurdou no lamaçal da corrupção em conluio com Lula e seus petralhas. 
Segundo a revista, em delação premiada Marcelo Odebrecht diz que fez pagamentos ao ex-presidente Lula em espécie. Recursos faziam parte do montante de aproximadamente R$ 8 milhões destinados ao petista pela empreiteira. Transcevo a parte inicial da reportagem com link ao final para leitura completa em PDF de excelente qualidade. Leiam:
Num dos 300 anexos da delação da Odebrecht, considerada a mais robusta colaboração premiada do mundo, o herdeiro e ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, diz ter entregue a Lula dinheiro em espécie. Nunca uma fi gura pública que chegou a ocupar a presidência da República demonstrou tanta intimidade com a corrupção. Os repasses foram efetuados, em sua maioria, quando Lula não mais ocupava o Palácio do Planalto. O maior fluxo ocorreu entre 2012 e 2013. Foram milhões de reais originários do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – o já conhecido departamento da propina da empresa. Segundo já revelado pela Polícia Federal, aproximadamente R$ 8 milhões foram transferidos ao petista.
Conforme apurou ISTOÉ junto a fontes que tiveram acesso à delação, o dinheiro repassado a Lula em espécie derivou desse montante. Os pagamentos em dinheiro vivo fazem parte do que investigadores costumam classifi car de “método clássico” da prática corrupta. Em geral, é uma maneira de evitar registros de entrada, para quem recebe, e de saída, para quem paga, de dinheiro ilegal. E Lula, como se nota, nunca se recusou a participar dessas operações nada ortodoxas.
O depoimento agora revelado por ISTOÉ é a prova de que, sim, o petista não só esteve presente durante as negociatas envolvendo dinheiro sujo como aceitou receber em espécie, talvez acreditando piamente na impunidade. Se os repasses representavam meras contrapartidas a “palestras”, como a defesa do expresidente costuma repetir como ladainha em procissão, e se havia lastro e sustentação legal, por que os pagamentos em dinheiro vivo? Leia AQUI a reportagem completa

domingo, 6 de novembro de 2016

A delação da Odebrecht poderá virar um tsunami político ...

Para lá do fim do mundo - 

FERNANDO GABEIRA

O Globo - 06/11

Os que usaram caixa dois consideram a prática tão corriqueira que querem uma espécie de anistia


Saiu a delação de Marcelo Odebrecht e seus 75 executivos. Trezentos novos casos de corrupção devem inundar o noticiário. Os políticos a chamam de delação do fim do mundo. O próprio Sérgio Moro teria comentado: espero que o Brasil sobreviva. Sobreviverá. Olho Lisboa da janela do avião. Em 1775 houve um terremoto, seguido de uma tsunami e um grande incêndio. A cidade lá embaixo está linda e ensolarada. Não será nada fácil. Como não deve ter sido para os contemporâneos do Marquês de Pombal enfrentar tantas calamidades em série. Não é possível começar do zero, vamos ser governados por mortos e feridos. Um cenário que parece ter saído daquela série americana “Black mirror”, cheia de histórias que projetam um sinistro futuro a partir das tendências do presente. Teremos enfermarias de caixa dois, propinas, achaques, chantagens, formação de quadrilha e lavagem do dinheiro.

Poderemos usar os mortos recolhendo todos os seus posts no Facebook, discursos antigos, confissões, com essa base de dados simularemos suas respostas à nova situação. Os que usaram caixa dois consideram a prática tão normal e corriqueira que inclusive querem uma alta da enfermaria, uma espécie de anistia. Afinal, dizem eles, caixa dois existe desde Cabral (Pedro Álvares). Se todos forem punidos, será preciso reescrever a História do Brasil.

É preciso definir um marco no tempo: as próximas eleições, por exemplo. Quem usou recursos lícitos e não declarou, está livre. A partir de 2018, tudo será diferente.

Vai ser uma confusão. O caixa dois, no caso, seria apenas um dinheiro de origem lícita, não contabilizado na Justiça Eleitoral. Ao contrário da propina, grana em troca de algum favor oficial. Tudo isso ainda está na fase de roteiro, conversas de bastidores. O Ministro da Justiça disse que a Lava-Jato iria até onde os fatos a levassem.

O melhor, portanto, é esperar todos os fatos e ver quem, realmente, estará em que enfermaria, quem será ressuscitado para uma breve vida virtual, quem irá para as nuvens do céu de Curitiba.
Ninguém vai morrer calado. O governo, por exemplo, move-se para salvar Renan Calheiros no Supremo. O próprio PSDB que se saiu bem nas eleições vai passar por momentos difíceis. A empreiteiras estão envolvidas em todos os governos do país, elas eram o verdadeiro ministério do planejamento; as obras, assim como as propinas, brotavam de suas planilhas.

Cada estrada, cada ponte, cada viaduto, cada estádio de futebol, onde quer nossos olhos repousem, com ou sem lente de contato, o dinheiro escorre pelos canais do superfaturamento. Cada edifício que cai, cai vergado pelo peso da grana espúria. Essa é nossa história. Não é preciso que os fatos nos levem a ela. A Lava-Jato é apenas um inventário para efeito dos ritos judiciais. No terremoto que abalou Lisboa, seguido de ondas que varreram suas áreas baixas, e um grande incêndio que lambeu seus prédios, foi preciso decisão rápida.

Pombal era um homem decidido, mandou jogar os corpos no mar, articulou engenheiros e construtores, enfim ganhou tempo em vez de apenas se lamentar. Num desastre de natureza política, o caminho da reconstrução não é tão linear. Depois das eleições, o mar está tinto de algas vermelhas. Não foi preciso prender todo mundo para que os eleitores compreendessem. Da mesma maneira, não será com anistia que os políticos ganharão um passaporte para o futuro. Basta seguir os fatos, conhecê-los de uma forma responsável. A delação do fim do mundo deveria ser homologada rapidamente e divulgada com todos os detalhes, não aos poucos, como se fosse uma ação entre amigos.

É preciso examinar a extensão do desastre para começar a reconstruir. Ou será que os escândalos semanais criaram uma espécie de dependência que ficará insatisfeita quando o trabalho essencial for apenas reformar um país devastado?


A hecatombe nos ameaça de todos os lados. Hillary Clinton diz que Trump levará o planeta a uma guerra nuclear. Melhor fazer logo o que tem de ser feito e ver o que há, realmente, para lá do fim do mundo. Keynes dizia que a longo prazo estaremos todos mortos. Isto é válido para pessoas. Países, com raríssimas exceções, sempre sobrevivem.


domingo, 30 de outubro de 2016

A queda da(de) Brasília... / Veja

http://veja.abril.com.br/brasil/lava-jato-a-delacao-do-fim-do-mundo/

Lava Jato: a delação do fim do mundo

As revelações de setenta executivos da Odebrecht prometem implodir o mundo político — e até o juiz Sergio Moro faz votos de que “o Brasil sobreviva”

VEJA desta semana mostra as dimensões superlativas e o potencial explosivo da delação premiada de 75 executivos da empreiteira Odebrecht, incluindo seu ex-presidente Marcelo Odebrecht. Distribuído em mais de 300 anexos – 300 novas histórias sobre a corrupção no Brasil –, o acordo a ser assinado com o Ministério Público envolve os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o atual, Michel Temer, tucanos de alta plumagem, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, peemedebistas fortemente ligados a Temer, como o senador Romero Jucá e o ministro Geddel Vieira Lima, e os dois principais nomes do PMDB no Rio de Janeiro: o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral. As revelações na delação da empreiteira, que faturou 125 bilhões de reais em 2015 e reuniu 400 advogados para costurar o acordo, levam procuradores da força-tarefa da Lava Jato a constatar que “se os executivos comprovarem tudo o que dizem, a política será definida como a.O. e d.O. — antes e depois da Odebrecht”. O sempre comedido juiz federal Sergio Moro também dá dimensão da turbulência que se aproxima ao comentar: “Espero que o Brasil sobreviva”.
Para ler a reportagem, compre a edição desta semana de VEJA no iOSAndroid

sábado, 22 de outubro de 2016

Mais sacanagem com a Lava Jato... Os caras tinham arsenal de espionagem para conseguir informações sigilisas


CONGRESSO MANTINHA UM VERDADEIRO ARSENAL DE ESPIONAGEM. POLÍCIA SUSPEITA QUE FORAM VAZADAS INFORMAÇOES SIGILOSAS DA LAVA JATO.

Agentes da Polícia Federal apreenderam diversos aparelhos de espionagem com os quais a Polícia Legislativa interceptava ligações entre integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato. Fotos: Diário do Poder by José Cruz.
Os equipamentos da “Polícia Legislativa” do Senado, apreendidos pela Polícia Federal nesta sexta-feira (21), têm condições de captar a existência de interceptações telefônicas e principalmente de implantá-las. Agora a investigação vai determinar se o “setor de inteligência” da “Polícia” do Senado realizou escutas telefônicas ilegais, interceptando inclusive ligações entre integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.
Os investigadores se impressionaram, mas não se surpreenderam, com a quantidade e a qualidade dos equipamentos de escuta telefônica apreendidos no Senado. É que há muito a PF suspeita de interceptações telefônicas ilegais, confirmadas pelo vazamento de informações sigilosas sobre a Lava Jato e outras investigações.
Um verdadeiro arsenal de espionagem. Clique sobre a imagem para vê-la ampliada.
Segundo relato do “policial” do Senado Geraldo César de Deus Oliveira, preso na Operação Métis e solto após prestar depoimento, foram realizadas varreduras contra grampos por ordem do diretor da “Polícia do Senado”, Pedro Ricardo, em endereços dos senadores Fernando Collor e Gleisi Hoffmann, ao ex-presidente José Sarney e ao ex-senador Lobão Filho. Destes, apenas Gleisi confirmou o serviço, que aliás ela solicitou oficialmente, por escrito.
Oliveira contou que, após receber a ordem de varredura na residência de Sarney, questionou o chefe e o diretor Pedro Ricardo respondeu que ele “deveria ir, simplesmente por ser uma ordem já que o pedido havia sido feito por um ex-presidente. O diretor avisou que, acaso a ação fosse questionada, poderia ser dito que tal medida foi realizada como precursora para uma visita do presidente do Senado, o que legitimaria a ação da contramedida de segurança”. Do site Diário do Poder

Mais sacanagem com a Lava Jato... Os caras tinham arsenal de espionagem para conseguir informações sigilisas


CONGRESSO MANTINHA UM VERDADEIRO ARSENAL DE ESPIONAGEM. POLÍCIA SUSPEITA QUE FORAM VAZADAS INFORMAÇOES SIGILOSAS DA LAVA JATO.

Agentes da Polícia Federal apreenderam diversos aparelhos de espionagem com os quais a Polícia Legislativa interceptava ligações entre integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato. Fotos: Diário do Poder by José Cruz.
Os equipamentos da “Polícia Legislativa” do Senado, apreendidos pela Polícia Federal nesta sexta-feira (21), têm condições de captar a existência de interceptações telefônicas e principalmente de implantá-las. Agora a investigação vai determinar se o “setor de inteligência” da “Polícia” do Senado realizou escutas telefônicas ilegais, interceptando inclusive ligações entre integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.
Os investigadores se impressionaram, mas não se surpreenderam, com a quantidade e a qualidade dos equipamentos de escuta telefônica apreendidos no Senado. É que há muito a PF suspeita de interceptações telefônicas ilegais, confirmadas pelo vazamento de informações sigilosas sobre a Lava Jato e outras investigações.
Um verdadeiro arsenal de espionagem. Clique sobre a imagem para vê-la ampliada.
Segundo relato do “policial” do Senado Geraldo César de Deus Oliveira, preso na Operação Métis e solto após prestar depoimento, foram realizadas varreduras contra grampos por ordem do diretor da “Polícia do Senado”, Pedro Ricardo, em endereços dos senadores Fernando Collor e Gleisi Hoffmann, ao ex-presidente José Sarney e ao ex-senador Lobão Filho. Destes, apenas Gleisi confirmou o serviço, que aliás ela solicitou oficialmente, por escrito.
Oliveira contou que, após receber a ordem de varredura na residência de Sarney, questionou o chefe e o diretor Pedro Ricardo respondeu que ele “deveria ir, simplesmente por ser uma ordem já que o pedido havia sido feito por um ex-presidente. O diretor avisou que, acaso a ação fosse questionada, poderia ser dito que tal medida foi realizada como precursora para uma visita do presidente do Senado, o que legitimaria a ação da contramedida de segurança”. Do site Diário do Poder

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A legislação penal do Brasil tende para ajudar o infrator criminal ... Faz parte da cultura penal do país !


Coordenador da Lava Jato defende que a Polícia Federal possa fechar delações premiadas

Em audiência na Câmara dos Deputados, o delegado Igor Romário diz que legislação não pode retroceder


BÁRBARA LOBATO
06/10/2016 - 11h25 - Atualizado 06/10/2016 11h47

O delegado da polícia federal Igor Romário de Paula (Foto: Redprodução)
O coordenador da Operação Lava Jato na Polícia Federal (PF), o delegado Igor Romário, disse em audiência na Câmara dos Deputados, na manhã desta quinta-feira (6), que a PF deve ter a prerrogativa de fechar delações premiadas. Trata-se de uma contestação aos defensores de que só o Ministério Público (MP) deveria ter essa possibilidade. “Não faz sentido retroceder à legislação de 2013 e concentrar a delação premiada em uma única instituição”, afirmou.
Nos bastidores, por sua vez, a PF tem ficado contra a delação premiada que a Odebrecht está negociando com o MP. Os policiais acreditam haver provas suficientes para continuar a investigação contra a empreiteira sem a necessidade de conceder benefícios a ela a esta altura.

sábado, 1 de outubro de 2016

A Lava Jato está interessada em ouvir Renan Calheiros e seu envolvimento com propinas ...

sábado, outubro 01, 2016


É BOMBA! REPORTAGEM DE 'VEJA' REVELA QUE A LAVA JATO SE APROXIMA DE RENAN CALHEIROS, O PRESIDENTE DO SENADO.

Reportagem exclusiva da revista Veja que chega às bancas neste sábado retoma de certa forma a sequência de excelentes reportagens políticas depois do repentino voo rasante cometido pelo nefasto passaralho sobre a redação. Nem é preciso assinalar isto, afinal os leitores mais atilados e fiéis  assinantes da publicação já haviam voado no sentido contrário do passaralho rumo a outras plagas editoriais.

Seja como for, remediar é alternativa para publicações impressas que sofrem um devastador efeito corrosivo da internet, sobretudo das redes sociais, sites e blogs independentes. Mais à frente esses grandes veículos de mídia em nível nacional e internacional terão de ajustar-se à exigentes demandas dos leitores. A primeira providência será depurar as redações purgando-as do nefasto controle do jornalismo ideológico que reinou folgado até que a internet se consolidasse.

Retomando o mote deste post, trago para os leitores um resumo da reportagem-bomba de Veja desta semana cuja capa conforme ilustração acima, revela que o ex-todo-poderoso Renan Calheiros, o presidente do Senado, poderá se encontrar em Curitiba com Antonio Palocci e, quem sabe, até lá, com Lula da Silva, dentre outras figuras do finado "Partido dos Trabalhadores". 

Deve-se colocar o nome completo do PT entre aspas, porque, convenhamos, a designação tão honrosa de "trabalhadores" soa agora, depois de tudo o que veio à luz pela Lava Jato, como um sacrilégio, uma ofensa grave a todos os brasileiros que ralam no dia a dia, que estudam, que trabalham duro para garantir o pão de cada dia de suas famílias. 

Dito isto, transcrevo um aperitivo da reportagem de capa de Veja revelando que Renan Calheiros pode ser a bola da vez. Leiam:
Parente, numa pescaria: intermediários e locais de entrega.Fotos: Veja by Andressa Anholete/AFP

PEIXÕES GRAÚDOS

Em sua caçada montante, a Operação Lava-Jato nunca esteve tão perto de capturar o terceiro homem na linha de sucessão da República: o senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, que preside o Senado Federal. VEJA teve acesso a um despacho sigiloso do ministro Teori Zavascki, cuja leitura traz quatro revelações:
• O homem da mala do PMDB, o empresário e advogado Felipe Rocha Parente, fez um acordo de delação premiada e apresentou cinco anexos, como são chamados os itens que compõem a lista do que o delator pretende detalhar.• Em um dos cinco anexos, Parente conta que entregava propinas para a cúpula do PMDB. Eram fruto de dinheiro desviado da Transpetro, subsidiária da Petrobras.• Entre os beneficiários das propinas saídas da Transpetro, estão Renan Calheiros e seu colega de Senado Jader Barbalho, do PMDB do Pará.• O anexo de Parente ainda precisa ser comprovado no curso da delação, mas já foi confirmado por pelo menos três delatores.
As revelações do despacho de Teori jogam luz sobre um dos momentos mais barulhentos da Lava-Jato, ocorrido entre maio e junho passado. Nessa ocasião, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de uma só tacada, pediu ao Supremo Tribunal Federal que decretasse a prisão de Renan Calheiros, do senador e então ministro do Planejamento Romero Jucá e do ex-presidente da República José Sarney. Os três peixões graúdos do PMDB haviam sido gravados por Sérgio Machado, que comandou a Transpetro durante doze anos por indicação da cúpula peemedebista. Machado negociava um acordo de delação premiada e tentava reunir evidências que sustentassem a estrondosa revelação que faria tão logo assinasse o acordo: como foram distribuídas propinas de 100 milhões de reais ao partido que hoje governa o país.
As prisões pedidas por Janot foram rejeitadas pelo Supremo, mas, em segredo, os investigadores fecharam um acordo de colaboração com Felipe Parente, o entregador de propinas. Do seu depoimento, surgiram os laços que comprometem o PMDB com a Transpetro. O lado visível desses laços já era conhecido. Renan Calheiros era um dos principais fiadores da permanência de Sérgio Machado no comando da Transpetro. O lado invisível apareceu com a delação do próprio Sérgio Machado, que contou que Renan era bem remunerado pela fiança. No início do esquema, recebia um porcentual sobre cada contrato assinado com a estatal. Depois, optou por um mensalão de 300 000 reais, que eram repassados pelo próprio Sérgio Machado, segundo ele mesmo. Em anos eleitorais, o numerário se multiplicava. De 2004 a 2014, Renan embolsou 32 milhões de reais, ainda segundo Machado. Desse total, pelos cálculos do delator, empreiteiras do petrolão simularam ter doado 8 milhões de reais ao diretório nacional do PMDB. Os outros 24 milhões foram entregues em dinheiro vivo. É nessa etapa — na entrega em dinheiro vivo — que entra Felipe Parente. Ao menos até 2007, era ele quem fazia entregas a Renan, conforme contou Sérgio Machado.
Em seus depoimentos, mantidos em sigilo, Felipe Parente confirmou ter distribuído propina da Transpetro a pedido de Sérgio Machado. Citou nomes, lugares e circunstâncias em que o dinheiro foi entregue. Para oferecer provas concretas, deu informações sobre hotéis onde se hospedou para finalizar o trabalho. Contou que, numa ocasião, foi orientado a deixar a “encomenda” destinada ao senador Jader Barbalho com uma tal de “Iara”. Os investigadores chegaram a Iara Jonas, senhora de pouco mais de 60 anos, assessora de confiança de Jader Barbalho. Lotada no gabinete do senador, com salário de quase 20 000 reais, ela trabalha para a família Barbalho há 22 anos. Apresentado à fotografia de Iara, Parente reconheceu-a como a destinatária do dinheiro. Do site da revista Veja