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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Roberto Pompeu de Toledo // Ensaio // A arte de não levar a nada


Ensaio:
A arte de não levar a nada

Escândalos de mais de cinco anos continuam sem desfecho; no Brasil as coisas
não acabam – definham
O processo pelo qual o Ministério Público de São Paulo tenta recuperar o dinheiro alegadamente desviado pelo ex-prefeito Paulo Maluf para contas no exterior teve início em 2001. Fernando Henrique Cardoso era o presidente do Brasil, Fernando de la Rúa o da Argentina e não havia ocorrido ainda o ataque às torres gêmeas de Nova York. De 2002 são o seqüestro e o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel. O Brasil era só tetracampeão mundial de futebol. O penta ainda estava por vir. De 2004 é o caso Waldomiro Diniz, o ex-assessor da Casa Civil filmado ao tentar arrancar uns trocados de um operador do jogo do bicho. O papa era João Paulo II e os EUA ainda achavam que iam estabelecer uma "democracia" no Iraque. De 2005 é o escândalo do mensalão. Evo Morales era apenas o líder dos índios da Bolívia e Plutão ainda era considerado um planeta.  
O que há de comum nos escândalos brasileiros elencados acima é que nenhum deles encontrou um desfecho. O mais velho – o de Maluf – já completou cinco anos. Presidentes se sucedem mundo afora, muda o papa, até o sistema solar sofre um desfalque – e nada de os escândalos no Brasil avançarem rumo a um final, com as devidas condenações, outras tantas absolvições, esclarecimentos acima de qualquer dúvida e uma conclusão digna desse nome, uma conclusão verdadeiramente conclusiva. O Brasil inventou uma química pela qual os escândalos, depois de estourar, se transmudam em bolhas suspensas no ar, por muitos e muitos anos, até se evaporar.  
• • •
Quando o Coelho Branco, titubeante, disse não saber como começar seu depoimento, o Rei de Copas aconselhou: "Comece pelo começo, em seguida prossiga até o fim, e então pare". O conselho, proferido num momento crítico de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, cabe como uma luva aos brasileiros. Uma das características nacionais é não saber começar as coisas no começo, perder-se no meio e, dificilmente, como mostra o sistemático emperramento da máquina de apurar escândalos, chegar a um fim. O antropólogo Roberto DaMatta, que conhece como poucos a alma nacional, já diagnosticou o problema, ao comparar os hábitos em vigor nos Estados Unidos e no Brasil: "... lá (nos EUA) as coisas quase sempre têm um início, um meio e um fim, ao passo que aqui temos uma imensa dificuldade em fechar etapas e acontecimentos".  
DaMatta escreveu isso num artigo intitulado "Da incapacidade de concluir". Para exemplificar, citou sua própria experiência como aluno calouro da Universidade Harvard, em 1963. Num dos primeiros dias, chegou às 8h30 para uma aula que começaria às 9 horas. Queria conversar com colegas sobre o curso. Ficou olhando para as paredes, sozinho na sala. Quando faltavam três minutos para as 9 horas, os colegas chegaram todos juntos. Terminada a aula, foram embora todos juntos. "Atônito", escreve DaMatta, "eu, que esperava um evento a ser construído por etapas, vivi a experiência 'calvinista' de um encontro com início, meio e fim – algo iniludivelmente bem marcado."  
Se a característica nacional já é a de ter dificuldades de encarar com decisão e objetividade o roteiro a seguir, as coisas pioram para valer no terreno da política. Agora, aos naturais titubeios e desnorteamentos, acrescenta-se a malícia de quem quer protelar para enganar, confundir para melar. Regra geral, para o comum dos brasileiros, as coisas não são para começar no começo. Se a reunião está marcada para as 8 horas, começará às 9 horas. E sem hora para terminar, e muito menos com o compromisso de terminar com algo conclusivo. As reuniões terminam com a marcação de nova reunião.  
Se é assim para o comum dos brasileiros, no mundo político é mais assim ainda. Do começo tatibitate, marcado por vacilos, remanchos e escamoteios, um começo sem começo, a regra é avançar para um meio tumultuado, aberto a múltiplas e contraditórias trilhas, recheado de armadilhas, sem método a reger os procedimentos ou, quando há método, sem disposição de obedecer a eles, e com apenas uma frouxa idéia de aonde se quer chegar. É o que ocorre nas CPIs. O Brasil teve uma overdose de CPIs nestes últimos anos. Já se sabe como é: o reinado das sessões que não têm hora para começar nem para acabar, dos inquisidores que não sabem o que inquirir, das pessoas que conversam ou falam ao celular enquanto outras depõem, da montanha de sigilos quebrados que se acumulam até não se saber o que fazer com eles, das testemunhas protegidas pelo direito sagrado e inalienável de mentir.  
Neste ano de 2006 outros dois casos graúdos se juntaram à lista: o escândalo das ambulâncias superfaturadas, também conhecido como escândalo dos sanguessugas, e a conexa tentativa de compra, por uma turma de petistas, de um dossiê contra os adversários do PSDB. Neste último caso, continua de pé a tão repetida pergunta: de onde veio o dinheiro? O retrospecto indica que ela ainda estará de pé ao fim do ano que vem. E do outro, e do outro. No Brasil as coisas não acabam. Definham.
 
Fonte: Rev. Veja, Roberto Pompeu de Toledo, ed. 1986, 13/12/2006

Copa Libertadores > Perto do Pacaembu polícia protegeparte da torcida do Boca


04/07/2012 16h56 - Atualizado em 04/07/2012 16h56

‘Encurralada’, torcida do Boca já marca  presença no Pacaembu


Parte (ainda pequena) de torcedores do time argentino está sob proteção policial perto do portão de acesso à área de visitante do estádio

Por Carlos A. Ferrari e Leandro CanônicoSão Paulo


Parte da torcida do Corinthians já passeia pelos arredores do Pacaembu desde a manhã desta quarta-feira, alguns torcedores do Boca Juniors também já estão próximos ao estádio. Só que encurralados em uma pequena rua, próxima ao portão de acesso à área de visitante, cercados por policiais.
A grande decisão da Libertadores da América começa às 21h50m, e os portões do Pacaembu estarão abertos a partir das 19h. Aos torcedores do time argentino foram disponibilizadas 2.450 entradas. Os outros mais de 37 mil bilhetes estão com a Fiel, empolgada com a possibilidade do título inédito.
Torcida do Boca na chegada ao Pacaembu (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)Torcida do Boca é cercada pela Polícia para evitar atritos com a Fiel (Foto: Carlos Augusto Ferrari)
 Clima nos arredores do estádio já é de final. Muitos policiais, vendedores ambulantes com camisas, faixas e bandeiras e muita queima de fogos. O gramado já passou pelos últimos detalhes e o palco para a premiação do campeão está sendo finalizado, próximo à entrada da Praça Charles Miller.
Depois do empate por 1 a 1 na Bombonera, em Buenos Aires, quem quiser ser campeão esta noite tem de vencer a partida. Se houver empate no tempo normal, o jogo terá 30 minutos de prorrogação. Caso persista a igualdade, o título será decidido nas penalidades máximas.
A TV Globo exibe a partida ao vivo para todo Brasil, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os detalhes da grande final em Tempo Real, a partir das 18h, e com transmissão em vídeo ao vivo a partir das 21h.

Clima Tempo > Copa Libertadores terá temperatura ambiente entre 19 a 15 graus, sem chuva...


Quarta-Feira, 04/07
Nascer do sol:06h48Pôr do sol:17h34
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Copa Libertadores > VEJA o clima de confraternização entre torcidas adversárias no centro de São Paulo

http://esporte.uol.com.br/album/futebol/2012/07/04/clima-para-a-decisao-da-libertadores.htm#fotoNav=14
O jogo começará às 21 horas e 50 minutos
Fox Sports, Globo, Band mostram a final 
São vinte fotos....

  • Infiltrados

    Para muitos torcedores corintianos, vale tudo para assistir à decisão da Libertadores no estádio. Nesta manhã, cerca de cinco torcedores do Corinthians se fizeram de ambulantes e entraram no Pacaembu. O grupo ficou escondido no Tobogã por algumas horas, até serem retirados por funcionários, no início da tarde.

    Caravana dos "sem-ingresso"

  • Assim como fizeram os corintianos na última quarta-feira, em Buenos Aires, muitos torcedores do Boca Juniors vieram para São Paulo mesmo sem ingresso. O grupo espera conseguir os bilhetes na última hora. A esperança, também para "los hermanos", é a última que morre.



    Os portões do Pacaembu abrem às 19 horas





Experiências de quase morte // Jornal da Band

Reportagem do Jornal da Band

Possível descoberta de partícula - bóson - pode ser o "Santo Graal" da Física entender e responder diversas questões relacionadas à matéria e a massa... e o início do Universo


Descoberta nova partícula coerente com o bóson de Higgs
Fotografia 1 de 4
Vestígios de partículas em colisão detectados pelo experimento CMS do CERN (AFP/Arquivo, Fabrice Coffrini)
GENEBRA — Uma nova partícula que pode ser o bóson de Higgs foi descoberta pelos cientistas, mas ainda são necessárias verificações para confirmar se esta é ou não a "partícula de Deus" que os cientistas buscam há décadas, anunciou o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) nesta quarta-feira.
O bóson de Higgs é considerado pelos físicos a chave para entender a estrutura fundamental da matéria e a partícula que atribui a massa a todas as demais, segundo a teoria conhecida como "modelo padrão".
Apesar das dúvidas se esta nova partícula é o bóson de Higgs ou outro tipo de partícula, os aplausos e os rostos dos físicos reunidos em Genebra refletiam a alegria e o alívio do mundo científico.
"Nunca pensei que assistiria a algo assim em vida e vou pedir para minha família que coloque o champanhe na geladeira", afirmou o britânico Peter Higgs, o cientista de 83 anos que em 1964, ao lado dos colegas Robert Brout (falecido em 2011) e François Englert, postulou por dedução a existência do bóson que leva seu nome.
A emoção foi palpável e Englert, sentado ao lado de Higgs, não conseguiu conter as lágrimas.
"Superamos uma nova etapa em nossa compreensão da natureza", afirma em um comunicado o diretor geral do CERN, Rolf Heuer, satisfeito com o trabalho até o momento.
"A descoberta de uma partícula cujas características são coerentes com as do bóson de Higgs abre o caminho para estudos mais profundos que necessitarão de mais estatísticas para estabelecer as propriedades de uma nova partícula", completa.
"Esta partícula permitirá descobrir outros mistérios de nosso universo", segundo Heuer.
Pouco antes da divulgação do comunicado, Joe Incandela, porta-voz de um dos experimentos em curso para buscar o bóson, explicou em um seminário científico em Genebra as descobertas dos últimos meses.
"Observamos um novo bóson, mas precisamos de mais dados para determinar se é ou não o de Higgs", disse a um grupo de cientistas.

A matéria do princípio do Universo

As pesquisas acontecem no Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, na sede do CERN em Genebra. Neste túnel de 27 quilômetros de circunferência, instalado a 100 metros de profundidade, os físicos provocam o choque de bilhões de prótons com a esperança de encontrar, com a ajuda de todo tipo de detectores, o rastro do bóson entre os restos (cascatas de partículas).
O anúncio desta quarta-feira acontece depois de, no mês de dezembro, o mistério sobre o bóson de Higgs ter sido consideravelmente reduzido quando os dois experimentos independentes que acontecem no LHC (ATLAS e CMS) limitaram uma região situada entre 124 e 126 giga elétron-volts (1 GeV equivale à massa de um próton).
Uma região agora confirmada pelos cientistas. Esta unidade de energia é utilizada para representar a massa das partículas seguindo o princípio de equivalência energia-massa (o famoso E=mc2), os dois atributos da matéria.
Mas o principal obstáculo até agora era a margem de erro dos dois experimentos, ainda muito grande, apesar do grande número de dados acumulados, e que obrigava os cientistas a falar de "indícios" e não de "descoberta" do bóson.
O LHC, após uma pausa de inverno, voltou ao trabalho em abril em pleno rendimento e gerou em três meses mais dados que em todo ano de 2011, que permitiram o anúncio desta quarta-feira.
"Talvez seja o bóson de Higgs que encontramos, talvez hoje tenhamos compreendido como se organizou a matéria no início do Universo, um milésimo de bilionésimo de segundo depois do Big Bang", explicou à AFP Yves Sirois, um dos porta-vozes do CMS.
"Talvez seja o bóson de Higgs, talvez outra coisa muito maior que abre a porta para uma nova teoria, além do modelo padrão", completou.
Segundo a física Pauline Gagnon é preciso verificar todas as propriedades da nova partícula até o fim do ano, antes de um pronunciamento com certeza absoluta.
Mas, de acordo com Gagnon, se não é o bóson de Higgs, "ao menos se parece muito".

Copa Libertadores // Visão do Estadão...

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,corinthians-a-um-passo-da-america-,895483,0.htm

Corinthians a um passo da América

Vitória simples sobre o Boca Juniors garante o título inédito para o time de Parque São Jorge. Empate no tempo normal leva decisão para a prorrogação. Depois, pênaltis

04 de julho de 2012 | 3h 07
Libertadores: Corinthians x Boca

O Estado de S.Paulo   
Veja também:

Desde que se credenciou para disputar a final desta Libertadores, dia 20 de junho, ao eliminar o Santos, a torcida do Corinthians - estimada em 30 milhões em todo o País - contava as horas para o confronto decisivo diante do Boca Juniors, um dos gigantes da América do Sul. Entre preces, promessas e uma comunhão de fé no triunfo final do time, os corintianos, enfim, estão a 90 minutos do sonho.

Para a Fiel sair em festa do Pacaembu, no final da noite de hoje ou início da madrugada de amanhã, basta uma vitória simples do Corinthians. Se prevalecer o empate, a angústia se prolongará por mais 30 minutos de prorrogação e, se não houver um vencedor, a história vai ser escrita na torturante decisão por pênaltis.

Neste cenário não vão faltar emoção e aflição dentro do velho estádio. Nem fora também. São Paulo está impregnada com as cores do Corinthians. Não há um beco, uma sala de altos executivos, um botequim de esquina, um fino restaurante, a rua Oscar Freire ou a 25 de Março, entre outros endereços do colosso da metrópole, que não se fale da epopeia do Corinthians nesta Libertadores. Não é para menos. Dos quatro grandes clubes paulistas, o alvinegro de Parque São Jorge é o único que ainda não levantou a taça continental. Então hoje é para fazer história.

Tudo parece conspirar a favor do time, ainda invicto na competição, que vai completo ao Pacaembu. Os jogadores se encaixaram bem no esquema de Tite, um exterminador de adversários argentinos. O árbitro Wilmar Roldán, da Colômbia, é uma revelação e não tem os "vícios" de juízes tarimbados que costumam interferir nas finais da Libertadores. O atual time do Boca também não é aquela potência. Só tem o Riquelme. A festa está encaminhada. Por mais que os corintianos façam figa, não há sinal de tragédia no ar.





Copa Libertadores // Visão de La Nacíon, Argentina




Quinze estradas extraordinárias espalhadas pelo mundo...

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Top 15 Most Beautiful Roads in the World » Oberalp Pass 1


Oberalp Pass 1

terça-feira, 3 de julho de 2012

Morte absoluta // Manuel Bandeira

http://www.digestivocultural.com/blog/post.asp?codigo=1882&titulo=A_morte_absoluta&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Morrer.
Morrer de corpo e alma.
Completamente.

Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão — felizes! — num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.

Morrer sem deixar porventura uma alma errante.
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?

Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança duma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento.
Em nenhuma epiderme.

Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."

Morrer mais completamente ainda,
— Sem deixar sequer esse nome.

Manuel Bandeira, no Casmurro, um blog que eu acabei de descobrir. 

Julio Daio Borges

Sacar cuentas // Yoani Sánchez ///



Sacar cuentas

restaurante
Alardear de las calificaciones de nuestros hijos y pavonearnos con las buenas notas que obtuvieron en un examen son de esos placeres que no dejamos escapar cuando se nos presenta la oportunidad. Llega junio y al tropezarnos con un vecino o un amigo brota una pregunta obligada ¿cómo le va al niño en las prueba finales? El calor pasa a un segundo plano y la abulia veraniega gana algo de misterio con la interrogante de si ¿aprobará o no aprobará? ¿Pasará de grado o no? Las noches se hacen largas resolviendo ejercicios de matemáticas, los repasadores no dan abasto ante tantos alumnos finalistas y en las afueras de las escuelas se muestran los listados con las calificaciones. La vorágine de final de curso nos arrastra… pero este año hay varias novedades.
Después de aplicar un ensayo educativo tras otro, ya varias hornadas de estudiantes formados en esos “laboratorios” docentes han llegado a la universidad. Me refiero a esos que desde el primer día de la secundaria básica tuvieron delante del pizarrón a los llamados “maestros emergentes”. Los mismos adolescentes que durante años recibieron hasta el 60% de las clases a través de una pantalla de televisor. Mi hijo es un buen ejemplo de ello. Se benefició del fin de los preuniversitarios en el campo –grata noticia- pero ha padecido la reestructuración del programa escolar, plagado de desajustes, horas perdidas y bajo nivel de preparación académica por parte de los profesores. También se ha visto afectado por la alta deserción laboral entre las filas de los maestros, cuyos salarios siguen estando en el plano de lo simbólico, cuando no de lo ridículo. Unido eso a una presencia –excesiva y continuada- de la ideología, incluso en aquellas asignaturas o materias más alejadas del espectro político.
Esos vientos están trayendo ahora verdaderas tempestades. La falta de calidad educativa se ha tropezado con un aumento de la exigencia en los exámenes finales de la enseñanza media superior. El resultado: escuelas enteras donde apenas si han logrado aprobar tres o cuatro estudiantes; grupos completos que deben ir a revalorización y a examen extraordinario, padres al borde del colapso nervioso al descubrir que su “inteligente” hijo no se sabía ni el teorema de Pitágoras. Al descontrol le llega ya la mano dura; al delirio docente le empieza a entrar algo de razón. Pero no estamos hablando de números, sino de jóvenes cuya enseñanza ha estado a un nivel muy por debajo del que hoy les examinan. Personas sobre las cuales el voluntarismo y los experimentos escolares están demostrado su fracaso.