- 4 DE JUNHO DE 2014O PT ameaça convocar na CPI da Petrobras dirigentes do Porto de Suape (PE) para atingir Eduardo Campos (PSB), aos quais eles são ligados, caso Júlio Delgado (MG), do PSB do ex-governador, indique o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha como testemunha, no Conselho de Ética, sobre o esquema do doleiro Alberto Youssef. O deputado mineiro é o relator da cassação de André Vargas (ex-PT-PR).
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Julio Delgado convocou o presidente e o líder, Rui Falcão e Vicentinho, e o deputado Cândido Vaccarezza (SP), todos do PT de São Paulo.
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Pré-candidato pelo PT ao governo paulista, Padilha é acusado de indicar um ex-assessor para atuar em laboratório do doleiro.
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Também vão depor no conselho de Ética um secretário do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, que se reuniu com André Vargas e o doleiro.
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José Serra, quem diria, sabe ser gentil: enviou torpedo ao desafeto Aécio Neves (MG), ontem, parabenizando-o por uma entrevista na TV.
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Pesquisa do Instituto Dados mostra o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) à frente com 23,1% das intenções de voto. O atual governador Agnelo Queiroz (PT) cresceu mais de 5% em relação a abril e está em segundo, com 16,4% do total. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) aparece em terceiro com 10,5%, seguido por Toninho do Psol (5,2%) e o candidato tucano Luiz Pitiman (3,3%).
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O Instituto Dados entrevistou 3 mil eleitores no DF entre os dias 24 e 30 de maio. A pesquisa está registrada no TSE sob o nº BR 138/2014.
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A queda da produção levou a alemã Daimler-Mercedes-Benz a dar férias coletivas para reduzir a fabricação de caminhões no Brasil.
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Dilma e Lula prometeram “fazer o diabo” para ganhar, mas exageraram pedindo apoio a Paulo Maluf para o ex-ministro Alexandre Padilha.
- A presidenta Dilma Rousseff contou ontem, em entrevista a jornalistas da Band, que torceu pela seleção brasileira até na Copa do Mundo de 1970, quando era presa política torturada nos porões da ditadura.
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O “blocão”, liderado pelo PMDB, decidiu priorizar na CPI Mista da Petrobras a obtenção de cópias dos contratos envolvendo as refinarias de Pasadena (EUA), Abreu e Lima (PE) e a empresa SBM Offshore.
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Livre da cadeia por indulto de Dilma e sem devolver grande parte dos R$175 milhões afanados, o ex-juiz Lalau, 85, será acometido do mal de notórios e longevos larápios brasileiros: morrerá de rir do contribuinte.
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O que carta tem a ver com tênis, desconhece-se, mas três altos aspones dos Correios, compõem a comitiva da estatal no torneio de Roland Garros, em Paris. Por nossa conta, claro. Embarcam amanhã.
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, diz o jornal El Deber, vai ganhar torta de folha de coca nos 70 anos que festeja dia 12 na Bolívia, ao lado do cocaleiro Evo Morales. Sabe-se lá o que Lula já comeu…
- O site Caixa Preta da Saúde – da Associação Médica Brasileira – já cravou quase 3 mil cruzes pretas na versão oficial de que a saúde pública está melhorando. São as denúncias acumuladas em menos de três meses, de todos os estados, vítimas da ineficiência do SUS.
- Puxador de votos, o deputado Romário (PSB-RJ) joga em três frentes para sair candidato ao Senado. Mantém conversas tanto com Anthony Garotinho (PR) quanto com Lindbergh (PT) e Marcelo Crivella (PRB).
- TRAIÇÕES
- Com o PMDB rachado em estados como Rio, Ceará, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, dirigentes do partido já contabilizam pelo menos 20% de traições na convenção nacional.
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- …com black-block, “PCC” e Exército nas ruas, a Copa não terá contagem regressiva, mas repressiva.
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A poucos dias do início da Copa de Mundo e a quatro meses das eleições presidenciais, o pessimismo cresce dramaticamente no Brasil. A maioria dos cidadãos mostra-se insatisfeita com a situação que vive o gigante sul-americano e desaprova o evento futebolístico mais importante do mundo, segundo uma pesquisa do Pew Research Center, divulgada nesta terça-feira. O informe, realizado em abril, revela uma mudança drástica no estado de ânimo dos brasileiros desde 2010, que coincide com a freada do crescimento econômico, porém, ao mesmo tempo, com a contínua redução das taxas de pobreza.
Atualmente, 72% dos brasileiros declaram-se insatisfeitos com o atual panorama do país, enquanto, em 2013, algumas semanas antes da eclosão em junho da onda de manifestações sociais, eram 55% e, em 2010, 49%. Por outro lado, há quatro anos, 50% diziam sentir-se satisfeitos com o ritmo brasileiro, agora são 26%.
Os motivos desse mal-estar são principalmente a alta dos preços graças à crescente inflação – um problema para 85% dos brasileiros –, além da violência e da atenção sanitária (ambas em 83%) e também da corrupção (78%). São preocupações habituais nos últimos anos, mas a novidade agora reside na ampla frustração com o rumo da maior democracia de América Latina. A desconfiança para as instituições o comprova: só 47% acham que o governo central exerce uma influência positiva sobre o desenvolvimento do país, em comparação com os 75% de 2010. A crença de que o Brasil, atualmente a sétima economia mundial, será uma grande potência também se vê diminuída.
Um profundo sentimento negativo que, como é previsível, atinge diretamente a presidenta Dilma Rousseff, no cargo desde janeiro de 2011 e que optará pela reeleição nas eleições de outubro. No que seria um empate de percepções, 52% dos brasileiros consideram que Rousseff está tendo uma influência negativa no funcionamento do país, frente a 48% que a julgam positiva. A divisão contrasta com o apoio positivo de 84% que seu antecessor, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebia em 2010.
Apesar da grande insatisfação, Rousseff recebe melhor valorização que seus rivais nas eleições presidenciais. Cerca de 51% dos cidadãos têm uma opinião favorável à mandatária do Partido dos Trabalhadores – quase o dobro em relação aos 27% de Aécio Neves, o candidato do Partido Socialista Democrático, e aos 24% de Eduardo Campos, do Partido Socialista. No entanto, a ecologista Marina Silva, a grande surpresa das eleições de 2010 e que se apresenta como vice-presidenta na candidatura de Campos, recebe a mesma aprovação que Rousseff (51%). Além disso, Lula (66%) supera sua avaliação.
Essas diferenças de aprovação coincidem, de modo geral, com a intenção de voto que revelam os inquéritos eleitorais. O último, realizado pelo Ibope no final de maio, concedia a Rousseff, no primeiro turno, 40% dos votos, frente aos 20% de Neves e aos 11% de Campos.
O clima pessimista generalizado estende-se também à opinião dos brasileiros sobre a Copa do Mundo, acentuando a tendência negativa que já mostravam as sondagens dos últimos meses. Segundo a análise do Pew Research, 61% dos interrogados acha que acolher o evento é negativo para Brasil, porque desvia o dinheiro que seria investido em escolas, previdência e outros assuntos públicos – uma queixa habitual nos protestos que sacodem ao país faz um ano –, em comparação a ínfimos 34% que o veem positivo, porque impulsionará a economia. Essas cifras, colhidas em abril, revelam um agravamento na percepção dos brasileiros: em fevereiro, segundo uma pesquisa do Datafolha, o apoio ao torneio esportivo era de 52%, seu nível mais baixo desde novembro de 2008, quando o respaldo chegava a 79%.
Na mesma linha, existe um contínuo ceticismo sobre os benefícios de acolher um encontro de tal magnitude internacional, ao ponto que 39% dos consultados consideram que ele prejudicará a imagem de Brasil no mundo. Quase os mesmos opinam o contrário (35%), ao lado dos 23% que acham que não gerará impacto algum. Em resumo, o pessimismo impera no Brasil.