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NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Pesquisa revela pessimismo de brasileiros pela Copa do Mundo e do governo Dilma

PESQUISA DO PEW RESEARCH

O pessimismo toma conta dos brasileiros em ano-chave

A maioria desaprova o rumo do país e somente 34% acredita que a Copa do Mundo será positiva


A poucos dias do início da Copa de Mundo e a quatro meses das eleições presidenciais, o pessimismo cresce dramaticamente no Brasil. A maioria dos cidadãos mostra-se insatisfeita com a situação que vive o gigante sul-americano e desaprova o evento futebolístico mais importante do mundo, segundo uma pesquisa do Pew Research Center, divulgada nesta terça-feira. O informe, realizado em abril, revela uma mudança drástica no estado de ânimo dos brasileiros desde 2010, que coincide com a freada do crescimento econômico, porém, ao mesmo tempo, com a contínua redução das taxas de pobreza.
Atualmente, 72% dos brasileiros declaram-se insatisfeitos com o atual panorama do país, enquanto, em 2013, algumas semanas antes da eclosão em junho da onda de manifestações sociais, eram 55% e, em 2010, 49%. Por outro lado, há quatro anos, 50% diziam sentir-se satisfeitos com o ritmo brasileiro, agora são 26%.
Os motivos desse mal-estar são principalmente a alta dos preços graças à crescente inflação – um problema para 85% dos brasileiros –, além da violência e da atenção sanitária (ambas em 83%) e também da corrupção (78%). São preocupações habituais nos últimos anos, mas a novidade agora reside na ampla frustração com o rumo da maior democracia de América Latina. A desconfiança para as instituições o comprova: só 47% acham que o governo central exerce uma influência positiva sobre o desenvolvimento do país, em comparação com os 75% de 2010. A crença de que o Brasil, atualmente a sétima economia mundial, será uma grande potência também se vê diminuída.
Um profundo sentimento negativo que, como é previsível, atinge diretamente a presidenta Dilma Rousseff, no cargo desde janeiro de 2011 e que optará pela reeleição nas eleições de outubro. No que seria um empate de percepções, 52% dos brasileiros consideram que Rousseff está tendo uma influência negativa no funcionamento do país, frente a 48% que a julgam positiva. A divisão contrasta com o apoio positivo de 84% que seu antecessor, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebia em 2010.
72% dos brasileiros se dizem insatisfeitos com o atual panorama do país
Apesar da grande insatisfação, Rousseff recebe melhor valorização que seus rivais nas eleições presidenciais. Cerca de 51% dos cidadãos têm uma opinião favorável à mandatária do Partido dos Trabalhadores – quase o dobro em relação aos 27% de Aécio Neves, o candidato do Partido Socialista Democrático, e aos 24% de Eduardo Campos, do Partido Socialista. No entanto, a ecologista Marina Silva, a grande surpresa das eleições de 2010 e que se apresenta como vice-presidenta na candidatura de Campos, recebe a mesma aprovação que Rousseff (51%). Além disso, Lula (66%) supera sua avaliação.
Essas diferenças de aprovação coincidem, de modo geral, com a intenção de voto que revelam os inquéritos eleitorais. O último, realizado pelo Ibope no final de maio, concedia a Rousseff, no primeiro turno, 40% dos votos, frente aos 20% de Neves e aos 11% de Campos.
O clima pessimista generalizado estende-se também à opinião dos brasileiros sobre a Copa do Mundo, acentuando a tendência negativa que já mostravam as sondagens dos últimos meses. Segundo a análise do Pew Research, 61% dos interrogados acha que acolher o evento é negativo para Brasil, porque desvia o dinheiro que seria investido em escolas, previdência e outros assuntos públicos – uma queixa habitual nos protestos que sacodem ao país faz um ano –, em comparação a ínfimos 34% que o veem positivo, porque impulsionará a economia. Essas cifras, colhidas em abril, revelam um agravamento na percepção dos brasileiros: em fevereiro, segundo uma pesquisa do Datafolha, o apoio ao torneio esportivo era de 52%, seu nível mais baixo desde novembro de 2008, quando o respaldo chegava a 79%.
Na mesma linha, existe um contínuo ceticismo sobre os benefícios de acolher um encontro de tal magnitude internacional, ao ponto que 39% dos consultados consideram que ele prejudicará a imagem de Brasil no mundo. Quase os mesmos opinam o contrário (35%), ao lado dos 23% que acham que não gerará impacto algum. Em resumo, o pessimismo impera no Brasil.

terça-feira, 3 de junho de 2014

600 mil assassinatos em 12 anos de governo do PT

Oposição protesta contra recorde de assassinatos no 

País em quase doze anos de governo PT

arma_fogo_18Máquina de matar – Em ato público realizado nesta terça-feira (3), parlamentares da oposição criticaram duramente a omissão do governo na área de segurança pública. Os partidos que fazem oposição ao desgoverno de Dilma Vana Rousseff organizaram manifestação em frente ao Palácio do Planalto com 600 cruzes vermelhas, representando os 600 mil assassinatos ocorridos ao longo dos quase doze anos da era petista. Fora isso, banners com estatísticas exibiam a larga incompetência da gestão petista para garantir a segurança dos brasileiros.
“O governo deu as costas para a segurança pública e a prova são os números: 50 mil mortos por ano, uma epidemia de crack que é o flagelo das periferias das cidades. Hoje, o homicídio é a principal causa de morte de jovens entre 15 a 24 anos. E a resposta que deveriam ser políticas públicas eficientes não veio. O governo não consegue nem gastar o que está previsto no orçamento de segurança pública. O governo está na verdade é desprotegendo milhões de brasileiros”, afirmou Mendonça Filho, líder do Democratas na Câmara dos Deputados.
“Os homicídios no Brasil viraram uma coisa banal. E a principal causa de morte no nosso país é o tráfico de drogas que tem componente direto da responsabilidade do governo central. Infelizmente, o que nós assistimos nos últimos anos de gestão do governo federal é mais absoluta omissão nas políticas públicas e de segurança pública. Essa é a realidade do Brasil de hoje”, atestou o líder democrata.
O democrata citou o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), lançado em 2007, para aprimorar o combate à criminalidade e reestruturar o sistema criminal que não deslanchou. Nos três primeiros anos do governo de Dilma Rousseff foram aplicados apenas 36% dos R$ 10 bilhões previstos no programa. Já o desempenho do Fundo Nacional Antidrogas criado para investir na prevenção, tratamento, fiscalização, recuperação, repressão do uso de tráfico de drogas foi ainda pior. No mesmo período foram liberados somente pouco mais de 10% do orçamento de R$ 730 milhões.
“As pesquisas mostram que segurança pública, acima até da saúde, é a área que mais preocupa e choca a população. As estatísticas da criminalidade são estarrecedoras, 50 mil assassinatos por ano. Isso é um atestado de desgoverno.
Enquanto isso, o PT convive com a criminalidade e afronta as autoridades de segurança do País. A imprensa mostrou que um deputado do PT (Luiz Moura) se reuniu com integrantes do PCC em São Paulo. Tudo com o respaldo do PT, que cria hoje um clima de total desobediência civil e com a anuência do ministro Gilberto Carvalho”, acrescentou o líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Ronaldo Caiado (GO).
Caiado mencionou os dados da capital de Goiás que também vive uma epidemia de assassinatos. “As milícias estão disseminadas nas cidades. Em Goiânia, por exemplo, há dois assassinatos por dia”, afirmou o deputado goiano.
Em relação ao Pronasci, mais um dos muitos pirotécnicos e ufanistas programas do governo petista, a grande divulgadora do programa foi a então senadora Ideli Salvatti (PT-SC), atualmente ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. Muito estranhamente, Ideli, que conhece a realidade e os números da segurança pública em todo o País, mantém um silêncio covarde e de conveniência, até porque a companheira Dilma já tem problemas de sobra em sua campanha pela reeleição.

A corrupção é doença universal

As novas acusações de corrupção contra a Copa do Mundo no Catar http://glo.bo/1l1nZKd (via @Época Digital)
A organização da Copa do Mundo de 2022, no Catar, está sendo acusada de ter criado um esquema de corrupção que pagou propina a dirigentes para ser escolhida como sede da Copa pela Fifa. Segundo o jornal britânico Sunday Times, dirigentes receberam pagamentos milionários para votar a favor do Catar.
Sunday Times diz que teve acesso a centenas de milhares de documentos e e-mails secretos com conversas entre Mohamed Bin Hammam, ex-membro do Comitê Executivo da Fifa e representante do Catar, banido do futebol em 2011 após acusações de corrupção, e membros de federações de futebol de vários países. Em uma reportagem de 11 páginas, o jornal mostra em detalhes as alegações de corrupção.
Segundo o Sunday Times, Hammam pagou até US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 11 milhões) para garantir que essas federações votassem a favor do Catar na escolha da sede da Copa do Mundo de 2022. Documentos mostram que Hammam pagou dirigentes da Nigéria, Costa do Marfim e Camarões; cobriu despesas de Reynald Temarii, da Oceania, evitando que ele fosse substituido por outro contrário à candidatura do Catar; e fez pagamentos ao ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, que também renunciou em 2011 após ser acusado de corrupção.
O comitê de organização do Catar se distanciou de Bin Hammam em 2011, quando ele foi pela primeira vez acusado de corrupção. O Sunday Times, no entanto, diz que o ex-dirigente estava sim trabalhando ao lado do comitê do Catar para "comprar" a Copa do Mundo. Em nota, o comitê reafirmou que Hammam não trabalhava para a candidatura do Catar. "Reiteramos que Mohammed bin Hammam não desempenhou papel oficial ou extraoficial algum na candidatura do Catar 2022. Como aconteceu com qualquer um dos membros do Comitê Executivo da Fifa, a equipe de nossa candidatura teve que convencer o senhor Bin Hammam dos méritos da Copa no Catar", diz a nota.
O comitê também negou toda e qualquer acusação de corrupção na escolha do Mundial de 2022. "Negamos com veemência as acusações de má conduta. E daremos os passos que forem necessários para defender a integridade da candidatura do Catar. Nossos advogados já estão trabalhando no assunto".
As novas acusações, às vésperas da Copa do Mundo do Brasil, colocou a candidatura do Catar em dúvida. Segundo a imprensa britânica, vários membros da Fifa já conversam entre si sobre a possibilidade de tirar o Mundial de 2022 do Catar, caso as alegações de corrupção sejam comprovadas. O próprio primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, comentou o caso e disse que a candidatura deveria ser reavaliada. Cameron tentou trazer a Copa do Mundo de 2018 para a Inglaterra, mas perdeu a votação para a Rússia - também acusada de compra de votos.
A Fifa já investiga, separadamente, as acusações de corrupção no Catar. O investigador principal da entidade, Michael Garcia, deve produzir um relatório sobre o caso. O relatório pode pedir uma nova votação para decidir a Copa de 2022, caso confirme as irregularidades.
bc

Einstein ainda encanta!

http://g1.globo.com/pop-arte/blog/paulo-coelho/post/palavras-de-einstein.html
por Paulo Coelho

As palavras de Einstein


Continuação das palavras de Einstein, o maior e mais importante cientista do século XX:

Respeito ao mistério: "O sentimento mais importante e mais belo que o homem pode experimentar, é o seu respeito ao mistério; ele é a fonte de toda a arte e ciência. Quem não pode contemplar (o mundo) com espanto, está com seus olhos fechados".

Ciência e religião: "Eu afirmo que a religiosidade cósmica é a mais forte e a mais poderosa de todas as ferramentas de pesquisa científica. Ciência sem religião é incompleta. A religião sem ciência é cega. Todas as religiões, artes, ou ciências, são frutos da mesma árvore, cuja única aspiração é fazer a vida do homem mais digna: ou seja, permitir que o indivíduo se eleve além da simples existência física, e seja livre".

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Que azar


06/2014 17h03 - Atualizado em 02/06/2014 17h03

Jornalista francês diz ter carro furtado no primeiro dia em Ribeirão Preto

Suspeitos fugiram com GPS e estepe do veículo, e não foram identificados.Cinegrafista diz que estava em bar e não registrou ocorrência na polícia.

Do G1 Ribeirão e FrancaEnviado ao Brasil para acompanhar a seleção francesa durante a Copa do Mundo, o repórter cinematográfico Aurelian Ezvan disse ter sido furtado logo no primeiro dia em que desembarcou em Ribeirão Preto (SP), cidade que recepcionará a delegação da França. Segundo o jornalista, suspeitos quebraram um dos vidros do carro, que era alugado, e fugiram levando o GPS e o estepe do veículo. Ninguém foi identificado ou preso.saiba maisJornal francês repercute ataques a ônibus na "casa" dos Bleus na CopaÔnibus voltam a circular nos bairros da Zona Oeste de Ribeirão Preto, SPRibeirão Preto anuncia interdições de vias durante permanência da FrançaO crime ocorreu na última sexta-feira (30), enquanto Ezvan estava em um bar com um colega de trabalho. Ele contou que só descobriu o furto quando deixava o local. “Na França, não costumam levar o estepe. Ficamos um pouco chocados, mas, tudo bem, é Copa do Mundo”, disse Ezvan, que não procurou pela Polícia Militar e nem registrou a ocorrência na Polícia Civil. “Estamos habituados com um pouco de vandalismo”, afirmou.Cinegrafista do "Canal Mais", Ezvan disse que o furto não interferiu na rotina de trabalho e que está feliz por ter sido escalado para acompanhar a Copa do Mundo no Brasil. “Eu adoro Ribeirão Preto, é muito legal. Encontrei gente simpática e o ambiente é fantástico.”Aurelian Ezvan conta que teve o carro furtadoenquanto estava em um bar com colega detrabalho (Foto: Márcio Meireles/EPTV)Esquema de segurançaA delegação da França chega a Ribeirão na próxima segunda-feira (9) e um esquema especial de segurança já foi montado para receber jogadores e comissão técnica. A Transerp, empresa que gerencia o trânsito e o transporte público da cidade, informou que haverá interdições nas proximidades do hotel oficial da delegação, nos arredores do estádio Santa Cruz – onde a equipe realizará os treinos – e na região central.Nas conferências de imprensa no Theatro Pedro II, por exemplo, a Rua Duque de Caxias será interditada. A medida já está confirmada para dia 10 de junho, das 17h às 22h, quando está prevista a primeira coletiva francesa no município.Os deslocamentos da delegação também serão facilitados por batedores, a fim de garantir a segurança da equipe, o que poderá causar paralisações momentâneas em algumas vias. A Polícia Militar também informou que Ribeirão receberá 300 policiais a mais para auxiliar na segurança, durante a Copa do Mundo.tópicos:

Frases... / Serenidade e Pureza = Desapego


"Quem quer ser sereno e puro precisa de apenas uma coisa: 
desapego." 

Meister Eckhart

Snowden vem pra cá conhecer melhor o Brasil... Você terá farto material para divulgar

/05/2014 19h56 - Atualizado em 31/05/2014 19h33

UFF vai apurar denúncia de festa com ritual satânico, drogas e orgias

Evento foi realizado por universitários em unidade de Rio das Ostras, RJ.
Imagem mostra crânio humano usado em suposto ritual de magia negra.

Júnior Costa Do G1 Região dos Lagos
Festa na UFF de Rio das Ostras (Foto: Reprodução/Rede social)Crânio humano foi usado em suposto ritual de magia negra em festa na UFF de Rio das Ostras
(Foto: Reprodução/Facebook)
A reitoria da Universidade Federal Fluminense, em Rio das Ostras, na Região dos Lagos do Rio, anunciou nesta sexta-feira (30), que vai abrir sindicância urgente para investigar denúncias sobre uso de drogas e álcool no pólo da unidade. Denúncias também relataram orgias e rituais satânicos no evento, divulgado nas redes sociais com o título de "Xereca Satânik - A Festa", em que foram convidadas mais de duas mil pessoas.
Imagens registradas por alunos durante a festa que aconteceu na última quarta-feira (28), mostram mulheres mascaradas e nuas. Em uma delas, a genitália de uma mulher estaria sendo costurada.
Festa na UFF de Rio das Ostras (Foto: Reprodução/Rede social)
Denúncia diz que mulher teve a genital costurada no
evento (Foto: Reprodução/Facebook)
Em outras fotos mulheres aparecem nuas num suposto ritual de magia negra, inclusive, com uso de um crânio humano. Um estudante da instituição, que pediu para não ser identificado, contou que as bebidas alcoólicas usadas na festa ficaram armazenadas dentro do novo anexo da UFF
"A festa ocorreu ao lado do prédio novo chamado multiuso. O diretor do pólo permitiu o armazenamento de bebidas dentro da universidade. O uso de drogas é praticamente liberado. Precisamos de uma intervenção urgente", disse.

G1 procurou a direção do pólo, mas nenhum pronunciamento foi feito. O reitor da UFF, Roberto Salles, informou à reportagem do G1 que além da abertura de uma sindicância, proibiu os diretores do pólo de se pronunciarem sobre as festas que acontecem dentro da instituição. Concluiu, afirmando que todas as informações serão apuradas e os responsáveis punidos.

G1 não conseguiu contato com a organização do evento. No convite, na rede social, o evento foi divulgado como uma "Festa de confraternização do Seminário Corpo e Resistência e - 2° Seminário de INVESTIGAÇÃO & CRIAÇÃO do Grupo de Pesquisas/CNPq Cultura e Cidade Contemporânea".
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domingo, 1 de junho de 2014

"Adoraria morar no Brasil", Snowdem / Atualizado em 02/06/2014 - 10h 44min

 Edição do dia 01/06/2014 01/06/2014 23h04 - Atualizado em 01/06/2014 23h16
‘Se o Brasil me oferecer asilo, aceito’, diz Edward Snowden 
Repórter Sônia Bridi entrevistou o homem mais procurado do mundo, em Moscou. Ele desafiou a maior potência do mundo. Ele revelou milhares de documentos ultrassecretos. Ele mostrou como funciona a espionagem da NSA, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Edward Snowden, o homem mais procurado do planeta, falou ao Fantástico. A repórter Sônia Bridi foi a Moscou para uma entrevista exclusiva para o Brasil.  Depois de quase um ano de negociações, frente a frente com o homem mais procurado do mundo. Moscou, capital da Rússia, onde Edward Snowden está asilado há dez meses. 
O lugar exato onde ele vive? Nem os amigos mais próximos sabem. Para entrevistar o homem mais procurado do mundo, a repórter Sônia Bridi chegou a Moscou apenas com o nome do hotel onde deveria se hospedar. Ela não foi até Edward Snowden. Foi ele que chegou até ela no hotel. A entrevista, a pedido dele, foi feita no próprio quarto onde ela estava hospedada.
Fantástico: Como é a sua vida na Rússia? Snowden: Olha, não é tão ruim quanto parece. A Rússia não é um país perfeito, e discordo fortemente de muitas coisas, principalmente como eles monitoram a internet e censuram a imprensa. Mas, no dia a dia, sabe, é melhor do que a prisão. Prisão é o que ele tenta evitar há um ano, vivendo uma história de filme de espionagem. Em junho de 2013, Snowden se encontrou com o jornalista Glenn Greenwald e a documentarista Laura Poitras, em Hong Kong, e entregou a eles milhares de documentos, com os maiores segredos da espionagem americana. Revelou que a Agência de Segurança Nacional, a NSA, até então pouco conhecida do grande público, monitora as comunicações por internet e telefone no mundo inteiro, inclusive dos próprios cidadãos americanos. É a chamada metadata, que registra quem fala com quem, por quanto tempo, onde estava quando falou e quanto tempo durou a conversa. “É como se os Estados Unidos tivessem contratado detetives particulares para seguir todos nós”, ele destaca. Países inteiros, como o México e as Bahamas, têm também o conteúdo das comunicações armazenado pela NSA. Como em uma máquina do tempo de espionagem, a agência pode voltar ao passado e recuperar tudo o que foi dito ou escrito. Em um ano, nenhuma semana se passou sem uma nova revelação baseada nos documentos. Fantástico: Como é que um rapaz de 29 anos, que nunca terminou o ensino médio, trabalhando para uma empresa terceirizada da NSA, teve acesso a tantos documentos? “É um erro de informação propagado nos Estados Unidos e depois pelo mundo todo de que eu era um empregado de baixo escalão, que copiou documentos que não entendia. Na verdade, eu tinha um cargo alto”, ele afirma. Na adolescência, vivia conectado e descobrindo como funcionam computadores, escrevendo programas. Típico da geração internet. “Eu sou cria da internet”, diz. Depois dos ataques de 11 de setembro, ele se alistou no Exército. “Fui voluntário porque acreditei no que o governo estava dizendo na época, que o Iraque estava desenvolvendo armas de destruição em massa. Eu achei que servir era generoso, uma atitude nobre”, conta. Mas Snowden quebrou as duas pernas no treinamento. Dispensado do Exército, foi recrutado e treinado pelos serviços de espionagem. Trabalhou como espião na Suíça e no Japão. Era o especialista em informação digital da CIA. Seu último posto, no Havaí, especialista em tecnologia e cibersegurança da NSA. Fantástico: Em que ponto você decidiu juntar e vazar os documentos para o público? Snowden: O ponto sem volta para mim foi quando vi, no Congresso, James Clapper, o chefe da espionagem americana. Ele levantou a mão, jurou dizer a verdade. Perguntaram para ele: ‘Os Estados Unidos monitoram informações de milhões de americanos?’ E ele disse: ‘Não’. E eu sabia que era mentira. Os deputados da comissão também sabiam que era mentira. E ninguém disse nada. No fim de 2012, Snowden mandou um e-mail para o jornalista Glenn Greenwald, radicado no Brasil e que então trabalhava no jornal inglês “The Guardian”. Queria que Glenn instalasse um programa de criptografia, que protege o sigilo na internet, para eles se comunicarem. Em seu livro, “Sem lugar para se esconder”, Glenn conta esta e outras histórias dos bastidores do caso Snowden. Em Moscou, eles se reencontraram pela primeira vez desde que, há um ano, Snowden entregou os documentos em Hong Kong. Snowden: É tão bom revê-los. Eles foram ao inferno e voltaram para fazer essas reportagens. Fantástico: Você leu todos os documentos? Sabe exatamente o que há em cada um? Snowden: Sim, o Glenn já disse que estavam todos organizados, em pastas, etiquetados. Fantástico: Ainda tem mais revelações sobre o Brasil? Glenn Greenwald: Com certeza, tem mais documentos que vão mostrar a brasileiros e ao mundo o que os Estados Unidos estão fazendo dentro do Brasil e também da Inglaterra e outros países também. Snowden diz que durante todo esse ano evitou dar entrevistas porque não queria tirar a atenção dos documentos. Mas, agora, com todas as revelações que foram feitas, se sente seguro para discutir seus sentimentos. As lembranças mais duras são dos 40 dias que ele passou na área de trânsito do aeroporto de Moscou. A escala virou uma armadilha quando o passaporte dele foi cancelado. Snowden: Eu nunca escolhi vir para a Rússia. Eu estava a caminho da América do Sul. Fantástico: Onde na América do Sul? Snowden: Equador. Mas os Estados Unidos cancelaram meu passaporte, e eu não pude mais viajar. Fizeram de propósito para poder dizer: ‘Ele é espião russo’. Fantástico: E como foi ficar preso no aeroporto por tanto tempo? Snowden: Foi muito tenso. Você não sabe o que vai acontecer naquele dia. O que vai acontecer enquanto você dorme. Se alguém vai bater na porta. Se alguém vai derrubar a porta. Fantástico: Você se arrepende? Snowden: Sabe... Acho que não... Eu sentia que devia tornar isso público, com responsabilidade. E a maneira de impedir que a minha opinião prevalecesse, foi fazendo parceria com jornalistas competentes, e instituições sérias, que confio, que iriam checar as informações, equilibrar a cobertura. Como "The Guardian", "Washington Post", "New York Times", a “Globo” e "Der Spiegel". Deixei a imprensa livre fazer o que faz melhor: ajudar os cidadãos a se tornarem eleitores informados, que pensam em que tipo de sociedade querem viver. Para Snowden, esse debate é a essência da liberdade: “Não é sobre privacidade. É liberdade. O equilíbrio entre os direitos individuais e o direito que o governo tem de coletar informações. Se vigiarmos cada homem, mulher e criança, da hora em que nascem até a hora que morrerem, podemos dizer que eles são livres? Isso é muito perigoso. Porque mudamos nosso comportamento se sabemos que estamos sendo vigiados. É uma ameaça à democracia”. Ele também nega que os chineses tenham copiado tudo antes de ele deixar Hong Kong: “Isso é uma maluquice. Eu sou especialista em cibersegurança. Ensinava aos agentes da CIA e da NSA como se proteger exatamente desse tipo de coisa”. Há dez meses ele vive na Rússia. Nunca foi sequer fotografado. Fantástico: Você pode sair para rua? Snowden: Claro. Por que não? Fantástico: Você não é recluso? Snowden: Não. Quer dizer, sou naturalmente recluso, cria da internet, né? Fantástico: Os russos te vigiam? Snowden: Bom, tenho certeza de que fazem algum tipo de vigilância, mas eu não vejo nada. Eu não posso, por segurança, dizer onde moro, como vivo. Mas eu diria que levo uma vida surpreendentemente aberta. Fantástico: Você não é reconhecido nas ruas? Snowden: Eles me reconhecem quando vou a lojas de computadores. Mas comprando comida, na banca de revistas, ninguém me reconhece. Fantástico: Você se disfarça, ou sai com essa cara de Edward Snowden? Snowden: Melhor eu não responder essa. Fantástico: Do que você mais sente falta? Snowden: Da minha família, claro. O governo americano diz que a luta contra o terrorismo ficou mais difícil por causa desses vazamentos. Fantástico: Alguns congressistas dizem que você é um traidor, um desertor. Snowden: Você não pode ser traidor a menos que a sua lealdade tenha sido transferida para um inimigo do Estado. E a minha lealdade nunca mudou. Mesmo hoje, eu continuo trabalhando para o governo americano. Não quero derrubar o governo e nem destruir a NSA. Quero que sejam melhores. Fantástico: Você enfrentaria um julgamento nos Estados Unidos? Snowden: Eu adoraria. Mas não há um julgamento justo esperando por mim. Snowden é acusado de traição pelo ato de espionagem, uma lei feita em tempos de guerra, que prevê julgamento sem defesa pública. Outra acusação é de que ele atrapalhou a relação americana com países amigos, vazando documentos com revelações, como as feitas com exclusividade pelo Fantástico, comprovando que os americanos e seus aliados, Inglaterra, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, grampearam os telefones da presidente Dilma e de seus assessores mais próximos. Espionaram também a Petrobras e o Ministério das Minas e Energia. Fantástico: Você acompanhou essas reportagens daqui? Snowden: Sim. E não há justificativa para espionar a Petrobras. Por que o presidente americano quer ler os e-mails da Dilma Rousseff? Obama disse que não sabia. Pode ser verdade. Ele concordou comigo que não há benefício nenhum, nenhuma vida foi salva. E por isso determinou que parassem. Snowden disse que ouviu o discurso da presidente Dilma na ONU, criticando a espionagem americana, e achou inspirador: “Foi incrível porque ela foi a primeira presidente que tomou a liderança para dizer ‘Temos o direito de falar, de nos comunicarmos sem sermos espionados’. E esses não são direitos de um país. São direitos humanos. A repórter Sônia Bridi lembra a ele que o Congresso americano já o acusou de oferecer documentos para o Brasil em troca de asilo. Fantástico: Essa oferta está na mesa? Snowden: Absolutamente não. Primeiro, eu não tenho documentos a oferecer. Eu nunca cooperaria com um governo em troca de asilo. Asilo deve ser dado por razões humanitárias. Fantástico: O que vai acontecer quando seu asilo temporário aqui vencer? Snowden: Essa pergunta é difícil. Eu não tenho resposta. Meu asilo vence aqui no começo de agosto. E se o Brasil me oferecer asilo, eu ficarei feliz em aceitar. Fantástico: Você gostaria de viver no Brasil? Snowden: Eu adoraria morar no Brasil. De fato, eu já pedi asilo ao governo brasileiro. Fantástico: Então você mandou um pedido? Snowden: Sim. Quando eu estava no aeroporto, mandei um pedido a vários países. O Brasil foi um deles. Foi um pedido formal. O governo brasileiro, na época, disse que não recebeu pedido algum. “Isso para mim é novidade. Talvez seja algum procedimento que eles achem que não foi seguido”, afirma. Snowden diz que vive um dia de cada vez. Fantástico: Você está feliz? Snowden: Eu sou. É difícil ficar separado da família, não poder ir para casa, participar do governo e da sociedade. Mas toda noite vou dormir confiante de que fiz as escolhas certas. Por isso, a cada manhã, eu acordo satisfeito.

Petrobrás... mais más notícias / Época

As denúncias de vínculos entre empreiteiras e o ex-diretor da Petrobras

Provas obtidas por ÉPOCA revelam que dezenas de empreiteiras com contratos na Petrobras pagaram milhões – no Brasil e na Suíça – a Paulo Roberto Costa e a seu parceiro, o doleiro Alberto Youssef

DIEGO ESCOSTEGUY E MARCELO ROCHA
30/05/2014 22h15 - Atualizado em 31/05/2014 14h56


LIBERTADO Depois de tentar destruir provas e ser preso, Paulo Roberto Costa foi solto. Isso reduz a velocidade e a eficácia das investigações (Foto: Jonathan Campos/AGP/Folhapress)
"Nunca quis ser mais um”, disse o diretor de Abastecimento da PetrobrasPaulo Roberto Costa, em novembro de 2011, pouco antes de encerrar seus oito anos à frente do cargo e de se aposentar com 35 anos na estatal. Foi apeado, em seguida, por decisão da presidente Dilma Rousseff – para desespero do consórcio entre PP, PMDB e PT, que o bancava politicamente, com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nunca desisti dos meus sonhos. Abracei todas as minhas chances”, disse. Ninguém duvida. A capacidade de Paulo Roberto em realizar seus sonhos – e de contribuir para os sonhos dos outros – tornou-se dolorosamente pública com a Operação Lava Jato, em que ele foi preso. Paulo Roberto é acusado de comandar, ao lado do doleiro Alberto Youssef, um esquema de corrupção na Petrobras. Não era, como revela a íntegra das provas da Lava Jato, obtida por ÉPOCA com exclusividade há duas semanas, apenas mais um esquema de corrupção na Petrobras. Era o esquema dos sonhos dele – um pesadelo para os brasileiros. Um esquema com mais clientes, mais dinheiro e mais ramificações, políticas e empresariais, do que se supunha até agora.
O imenso acervo das investigações da Lava Jato contém as provas inéditas que demonstram essa dimensão. A Polícia Federal encontrou as principais evidências quando fez apreensões num dos escritórios de Youssef e, especialmente, na casa de Arianna Bachmann, uma das filhas de Paulo Roberto. No caso dela, as provas estavam num notebook escondido no porta-malas do carro. Arianna era a principal funcionária de Paulo Roberto. Registrava em detalhes os negócios da família. Num dos escritórios de Youssef em São Paulo, a PF encontrou um arquivo com milhares de papéis. Eles trazem indícios de dezenas de episódios de corrupção, em muitos Estados e órgãos públicos. Eles se espelham perfeitamente com os registros sobre a Petrobras encontrados no computador de Arianna. Esses arquivos secretos revelam, entre outras coisas, que:
• Paulo Roberto chegou a ter 81 contratos, todos com fornecedores da Petrobras, quando saiu da estatal e montou sua empresa de consultoria. Há provas de que ele recebeu milhões de 23 empreiteiras, na maior parte das vezes sem prestar, segundo sugerem os documentos, qualquer serviço;

• o principal cliente de Paulo Roberto, segundo as provas da PF, era a empreiteira Camargo Corrêa. Ela liderava o principal consórcio das obras de R$ 20 bilhões da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Paulo Roberto comandara essas obras e presidia o Conselho de Abreu e Lima. Grande parte dos clientes que repassaram dinheiro à empresa dele trabalhava nessas obras;

• Paulo Roberto recebeu, em dinheiro vivo segundo a PF, o equivalente a R$ 6,4 milhões de Youssef e R$ 2,4 milhões do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, em reais, dólares e euros. Baiano o ajudava a fechar negócios com as empreiteiras e a manter boas relações com parlamentares do consórcio que o mantinha na Petrobras; e 

• Youssef, o sócio de Paulo Roberto, mantinha uma subconta na Suíça em nome da principal subcontratada pela Camargo Corrêa para serviços na Abreu e Lima, a Sanko. Outra subconta de Youssef na Suíça recebia milhões de subsidiárias internacionais de empreiteiras brasileiras, entre elas a OAS.
Todas essas provas foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal há dez dias, logo após o ministro Teori Zavascki suspender as investigações da Lava Jato e mandar soltar Paulo Roberto. Não se sabe quando os ministros do Supremo decidirão o que fazer com o caso. Quanto mais tempo demorar, menores as chances de que delegados e procuradores avancem nas investigações. Paulo Roberto, é bom lembrar, foi preso porque sua família foi flagrada tentando destruir provas. Antes que os processos, que corriam no Paraná, fossem suspensos, Youssef e ele já eram réus, acusados de lavar dinheiro desviado, segundo denúncia do MPF, do contrato do consórcio da Camargo Corrêa em Abreu e Lima. Nesta semana, o Congresso finalmente criou uma CPI mista para investigar a Petrobras. As provas da Lava Jato oferecem aos parlamentares um bom roteiro de trabalho.
 
Sai o diretor, entra o consultor (Foto: reprodução)

Num dos arquivos do computador de Arianna, a PF encontrou notas fiscais da Costa Global, empresa de consultoria da família, emitidas entre outubro de 2012 e fevereiro deste ano. Somam R$ 7,5 milhões, divididos entre duas dezenas de empresas – quase todas empreiteiras. A maior parte do dinheiro foi paga pela Camargo Corrêa: R$ 3,1 milhões. A Camargo fazia pagamentos mensais de R$ 100 mil. Em dezembro de 2013, fez o último e maior depósito: R$ 2,2 milhões. A Camargo diz que contratava a Costa Global para “fazer estudos”.
Arianna mantinha planilhas atualizadas com os contratos da Costa Global. Continham nomes de contatos e valores a receber. Se a Costa Global chegou a ter 81 clientes, por que há notas fiscais de apenas 23? Como Paulo Roberto recebia pelos demais? Era o que a PF tentava descobrir. A investigação traz evidências de que Paulo Roberto, como qualquer lobista, recebia um percentual do negócio obtido para seus clientes, conhecido como “taxa de sucesso”, do inglês “success fee”, um eufemismo para aquilo que todos conhecemos como propina. O caso da Camargo, segundo os registros da filha de Paulo Roberto, resume bem a situação: “O success fee será negociado separadamente para cada negócio”.
 
DO OUTRO LADO Depois de contratar empresas para prestar serviços à Petrobras, Paulo Roberto Costa passou a ser consultor delas. É o caso da Camargo Corrêa, que comanda a construção da Refinaria Abreu e Lima,  em Pernambuco (acima) (Foto: Agência Petrobras)
O estranho, segundo os investigadores, é a existência de contratos que não previam taxa de sucesso. Sem essa cláusula, o trabalho de lobby não faz sentido. Cruzando os nomes das empreiteiras que fizeram contratos nesses moldes com as anotações de Paulo Roberto, a PF chegou à suspeita de que eles se referiam, na verdade, à propina dos tempos em que ele ainda era diretor da Petrobras. Há indícios de que se referiam a acertos de contas. É o caso de contratos com empreiteiras como Engevix, Iesa, Queiroz Galvão e, num dos casos, também da Camargo. No caso da Queiroz, uma anotação da agenda de Paulo Roberto menciona o pagamento de R$ 600 mil. Metade para ele; a outra metade para o “partido”. Em março de 2013, meses depois dessa anotação, a Queiroz Galvão fechou um contrato de seis meses com a Costa Global para pagar R$ 100 mil mensalmente – mesmo valor anotado à mão na agenda de Paulo Roberto.
Num dos escritórios de Youssef em São Paulo, a PF apreendeu extratos de uma conta controlada por ele no banco PKB,  na Suíça. O PKB é um banco conhecido por aceitar qualquer tipo de cliente – de traficantes a políticos condenados por corrupção. Entre outras transações consideradas suspeitas pela PF, os extratos revelam que, em 2013, a OAS African Investments, empresa internacional do grupo OAS, sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, transferiu US$ 4,8 milhões para a conta de Youssef no PKB. Foram três depósitos de US$ 1,6 milhão, entre maio e julho.
Os documentos revelam que Youssef abrira, por meio de laranjas, uma subconta no mesmo PKB em nome da Sanko, empresa que mais recebera da Camargo por serviços nas obras da Abreu e Lima. Essa subconta tinha limite de US$ 1,4 milhão. Entre janeiro e fevereiro de 2014, ela recebeu cerca de US$ 1,1 milhão. Não há informação sobre quem depositou o dinheiro. Em seguida, Youssef transferiu grande parte dos recursos para contas em Hong Kong, também controladas por laranjas. Foram tantos os documentos da Sanko apreendidos com Youssef que os investigadores suspeitam que ele seja o dono da empresa. Entre 2009 e 2013, a Sanko recebeu R$ 113 milhões do Consórcio CNCC, liderado pela Camargo, por “serviços” em Abreu e Lima. E repassou R$ 32 milhões a uma empresa de Youssef.
As contabilidades de Youssef e Paulo Roberto são siamesas. Se Youssef registrava um pagamento a Paulo Roberto, Paulo Roberto registrava um depósito de Youssef. Em 8 de agosto de 2012, as planilhas dos dois trazem um pagamento de R$ 450 mil a Paulo Roberto. Dez dias depois, Paulo Roberto depositou R$ 120 mil, em espécie, na conta do advogado Eduardo Gouvêa. Gouvêa, dizem os papéis, é parceiro de negócios de Paulo Roberto.