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domingo, 14 de janeiro de 2018

Um jardineiro que ama o Jardim...! / Fernando Leite Fernandes

O JARDINEIRO

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O escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez disse, certa vez, que se alguém almeja ser universal, comece por modificar as coisas erradas da sua aldeia. "Gabo" como era conhecido por seus amigos mais próximos, ganhou o Nobel de Literatura. Faz parte de um seleto grupo de escritores latino americanos a conseguir este feito.

Digo isso para reafirmar minha posição política. Não dou conta de modificar o establishment do Brasil, minha Pátria amada, violada por biltres e pulhas, mercenários, bandidos acumpliciados com autoridades que deveriam enfrenta-los, julga-los, condena-los e prendê-los. A libertação do nosso país exige a luta coletiva, massiva, corajosa e, à despeito de exemplos históricos de resistência e patriotismo, a sociedade do tempo presente é refém do seu maior inimigo, o medo visceral, o medo conformado, antipatriótico. A instauração da anomia.

O Brasil soberano continuará a ser minha profissão de fé. Mas, começo cultivando o meu quintal.

Diante desta constatação, primeiro, mudei a mim. Só as estátuas não mudam e não mudam para não mudarem o que está ao seu redor. Não há convicção no imobilismo. Acredito na insistência do jardineiro, que espalha sementes no deserto. Creio na metáfora da raiz que luta, incansavelmente, para colher a água do subsolo e ver o sol. Ainda que para tanto tenha que mudar de rota muitas vezes.

Retomei a militância cívica, acima das jaulas dos partidos. A luta causal, honesta, franca, humanitária, libertária e não, a contenda suja, covarde, à sorrelfa, que defende o cenário de terra arrasada para arranjar culpados.

Espero, um dia, utopia ou não, olhar para trás e perceber que uma, pelo menos, uma flor, brotou da minha tarefa de jardineiro.

(FLF)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Poesia pra quem gosta de Poesia... / no blog de Ricardo Noblat


POEMA DA NOITE

À tarde

Semana Claudio Willer
Á tarde (Foto: Arquivo Google)

olhar com o olhar espantado
o vôo do primeiro pássaro noturno
e saber que em breve
haverá algum tipo de confronto
de alucinação coletiva, uivo geral
saber
que por trás do olho
guardamos uma planície de risadas
dobrada em algum desvão da alma
— a sensação lisérgica de estar aí
e perceber
a fumaça dos últimos acampamentos
a casa na encosta do morro
o albatroz que arrepia sua trajetória
os mosquitos que zumbem e que zumbem e que zumbem
nesta tarde
em que três petroleiros encaram-se
e trocam sinais ao largo
e uma memória nos persegue
de rios, cataratas e pororocas
nesta praia
que é fim e começo
de qualquer coisa já sabida e possuída
e oculta
no oco da última fibra nervosa
Claudio Jorge Willer nasceu em São Paulo no dia 2 de dezembro de 1940. Além de poeta, é ensaísta e tradutor. Ligado à geração beat, é Doutor em Letras na área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa. Publica ensaios em jornais como Jornal do Brasil e Jornal da Tarde e nas revistas Isto É e Cult. Publicou em poesia Anotações para um apocalipse (1963), Dias circulares (1976),  Jardins da Provocação (1981),Estranhas Experiências (2004) e Outros Silêncios (2009).

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Para amantes de poesia > Recomendo estes versos, "Tônica de nós", de Kátia Valevski Sales Fernandes

Apresento uma poetisa que admiro... Lendo e sentindo seus versos posso avalizar seus sentimentos, suas pausas, suas fantasias, seus recursos de sedução e de seu apego à beleza. 
Fico à vontade para admirar e recomendar a poeta
 Kátia Valevski Sales Fernandes


Tônica de nós Que importa o alvorecer cinza
Como o Sol que,
Se por trás das nuvens Nosso amor é claro Mesmo encoberto, Brilha e aquece nosso dia. Que importa a estrada curva Se ao final do caminho Nosso amor é reto Ponto de chegada e de partida Como a saída e o retorno Ao centro de nossas vidas. Que importam as noites vazias Se no vazio de nossa cama Nosso amor é imensidão Preenche corpo e sonho De passado e de futuro Como a música preferida Que traz à tona O melhor que há em nós! Que importa a palavra muda Se no silêncio de nossas bocas Faz-se grito o som de nosso amor Como o rugido do raio Que só existe Quando se assume trovão! Que me importa? Sou de ti e és de mim Como sol e lua são da luz E dia e noite são do tempo!! A tônica de um em dois!! O sentido de amor em nós!
Kátia Valevski Sales Fernandes

terça-feira, 15 de novembro de 2011

POESIA ...


Certo serias o meu amor!

Não sei o por quê,
mas sou assim:
gosto de ouvir o cantarolar,
em voz sonora, da clara fonte,
gosto de olhar o tremeluz,
das mil estrelas;
gosto da brisa com seu murmúrio,
pelo arvoredo sempre a brincar,
de esconde-esconde,
gosto da lua, canto pra ela
versos tão ternos,
cheios de amor....
Serão de amor os versos meus?...
Ah, se eu pudesse,
pudesse amar...
certo serias o meu amor!
E eu te diria coisas bonitas,
procuraria ver nos teus olhos,
a cor dos meus.
Por tuas mãos conheceria
o que é carinho,
o que é calor,
e dos teus lábios,
recolheria toda a ventura
de ser feliz...
O sonho é livre...
Que bom seria não despertar...
Tudo eu daria,
como eu queria poder amar e,
se eu amasse,
certo serias o meu amor!
a

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PARALELAS: Certo serias o meu amor!

PARALELAS: Certo serias o meu amor!: Não sei o por quê, mas sou assim: gosto de ouvir o cantarolar, em voz sonora, da clara fonte, gosto de olhar o tremeluz, das mil estrel...

Descobri um blog de Poesia... Muito bom, gostei!
Acompanhem com ele pensamentos, ouçam as sílabas ajustadas aos trilhos da foto, viajem a um lugar ideal e pronto. Tenham um bom dia!

sábado, 2 de julho de 2011

Um romântico de 17 anos

La Solitudine O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente. (Fernando Pessoa)
 
terça-feira, 30 de novembro de 2010
 Ultimo dos Românticos
Se é inspiração para mim
Motivo suficiente, mais do que um sorriso apenas
Por que não escrevê-los com minha letra
Em uma folha rimados poemas?

Se me lembro de ti durante o dia
Que culpa tenho eu? O que posso fazer?
Se te vejo em uma musica
Por que não tocá-la para você?

Se te quero ver sorrir
Mostrar-te que sou mais do que diz minha proza
Que problema há em te surpreender
Comprando para você um buquê de rosas?

E eu que tachado de besta
Ponho-me a indagar
Que mal tem em escolher apenas uma
Para surpreender, fazer feliz e amar?

E por isso me mantenho
Firme em minha devoção
Viverei intensamente cada dia com você
Assim como manda meu coração

Entendo-me como raça em extinção
Eu que não escrevo versos semânticos
Que culpa tem eu escravo do amor?
Ai de mim o ultimo dos românticos!

Gabriel Pontes

Criado por Gabriel Pontes às 12:11:00 AM