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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A novela do Superporto do Açu tem roteiro diferente do previsto pelos autores e personagens sofrem na volta à vida real...

31/10/2013 07h13 - Atualizado em 31/10/2013 08h33


Crise de Eike freia obra de superporto e 




traz prejuízos para município do RJ


São João da Barra perdeu R$ 36 milhões em arrecadação no 1º semestre.
O G1 passou 3 dias na cidade para ver consequências sociais e ambientais.

Isabela MarinhoDo G1 Rio
Em 2006, o Grupo EBX anunciou a construção do Superporto do Açu, em São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro, com investimento previsto de R$ 3,8 bilhões. Nos anos seguintes, o município melhorou os índices de desenvolvimento humano, aumentou a arrecadação e viu novas vagas de emprego serem abertas.
Com a queda das ações e os apuros do grupo de Eike Batista, no entanto, as obras desaceleraram, e os reflexos da crise começaram a aparecer. No primeiro semestre de 2013, segundo a Secretaria Municipal de Fazenda, São João da Barra perdeu R$ 36 milhões em arrecadação e viu 1.332 postos formais de emprego – um sexto das vagas do município – desaparecerem.
MAPA São João da Barra 30/10 (Foto: Editoria de Arte / G1)Em 2011, com o trabalho no porto ainda intenso, o município chegou a ocupar a 18ª posição no ranking de emprego e renda da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Hoje, ocupa o 34º lugar. O recolhimento de Imposto Sobre Serviços (ISS), que em 2006 era de R$ 1,18 milhão e que em 2011 subiu para R$ 12,7 milhões, dá sinal de que vai recuar em 2013.
O secretário municipal de Fazenda, Ranulfo Vidigal, segue otimista. "Temos uma projeção de que a gente tenha não menos que 30 mil empregos no horizonte de 10 anos. Nós perdemos mil em um universo de 10 mil que foram criados", disse. "Na minha previsão, esta perda é temporária".
Os habitantes de São João da Barra, no entanto, estão preocupados. O G1 passou três dias no município e constatou alguns dos impactos causado pelo declínio das obras do porto na vida dos moradores (assista ao vídeo acima). Andando pelas imediações do canteiro de obras, é possível ver restaurantes e pousadas vazios ou fechados. Comerciantes contabilizam prejuízos, moradores contestam a desapropriação de terrenos e agricultores sofrem os efeitos dos impactos ambientais da construção.
Lançado por Eike Batista, o superporto do Açu, no entanto, não está mais sob controle do empresário. Em setembro, a LLX, responsável pelo porto, assinou acordo com o grupo EIG para um investimento de até R$ 1,3 bilhão na companhia que, ao final, torna o grupo controlador da empresa.
Prejuízos
Entusiasmado com a promessa do crescimento da cidade, Manoel Paulo Ribeiro vendeu um sítio para investir em um restaurante, há seis anos, quando o empreendimento foi anunciado. Ele chegou a ter 11 funcionários, mas, atualmente, mantém apenas quatro. Fornecedor de quentinhas na região, Manoel contou ao G1 que levou um calote de R$ 50 mil da empresa ETE, prestadora de serviços do Grupo EBX.
"Tivemos que pegar empréstimo e estou equilibrando, me arrastando com quatro funcionários para não ter que despedir. Eu já tinha iniciado uma obra de ampliação do restaurante e também não quis parar com a esperança de que no futuro seja mais lucrativo e sem prejuízo. Todo mundo investiu tudo com a chegada deste empreendimento", disse Manoel.
Edmilson Oliveira, responsável pelo departamento jurídico da ETE, confirmou que a empresa está em débito com Manoel Paulo. "Nós confirmamos, mas não reconhecemos este valor. É algo em torno de R$ 38 mil. Estamos em negociação, devemos bater este valor com ele [Manoel] e esse pagamento será  feito no prazo máximo de um mês", disse. A LLX e a OSX, do grupo de Eike, afirmaram que não têm nenhum contrato em débito com a empresa ETE.

Fabrício Salles foi afetado de duas formas. Ele é dono de uma loja de acessórios automotivos em São João da Barra e possui um caminhão que foi agregado por uma empresa na construção do porto. Salles disse que ficou de junho a outubro sem receber pelo aluguel do veículo. Ele só foi receber pelos três primeiros meses de serviço, quantia em torno de R$ 35 mil, no dia 24 de outubro.

"Eu banquei tudo, paguei o motorista do caminhão, cheguei até o meu limite bancando manutenção e funcionário. A empresa pagava tudo no prazo correto. Depois que teve esse problema com o Eike Batista, houve esse atraso. Agora eles estão acertando. Eu entendi a situação da empresa e continuei prestando serviço", contou.
Salles contou que também sentiu os impactos na região através da queda do número de clientes. "Com essa queda nas obras do porto, todos os comerciantes sentiram algum tipo de impacto. Muita gente foi embora e com isso diminuiu a circulação de dinheiro na cidade", lamentou.
Imissão de posse feita pela Codin ns terras da família Toledo; réu consta como ignorado (Foto: Divulgação/ LXX)Na imissão de posse das terras da família Toledo,réu consta como ignorado (Foto: Divulgação/LXX)
Família Toledo mostra documento para comprovar terras (Foto: Arquivo Pessoal/ Marcos Pedlowski)Família Toledo mostra documento para comprovar
t
erras (Foto: Arquivo Pessoal/ Marcos Pedlowski)
Impasse nas desapropriações
A desapropriação de terras na região do Superpoto do Açu é motivo de disputas judiciais. Proprietários afirmam que o valor pago pelas terras é injusto e que o processo de desapropriação foi feito de maneira irregular.
Os terrenos para construção do Distrito Industrial de São João da Barra são requeridos à Justiça pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro (Codin). Segundo o órgão, depois que a Justiça aceita o pedido, as ações de desapropriação são feitas "após o depósito do valor apurado". Em seguida, a imissão (ato judicial que muda a posse da terra) é realizada, concedendo à Codin a posse das áreas, que por sua vez repassa aos empreendedores. Segundo a Codin, os interessados se habilitam no processo para levantar ou discordar do valor depositado, cabendo ao judiciário a decisão.
Ao redor da construção do porto, é comum ver propriedades com casas demolidas, onde placas sinalizaram que a área agora pertence à Codin ou à LLX. De acordo com a Associação dos Proprietários de Imóveis (Asprim), 1.500 famílias foram desapropriadas. Segundo a Codin, 466 desapropriações foram aceitas pela Justiça e 290 cumpridas com a imissão de posse. Em alguns casos, a retirada das famílias teve apoio da Polícia Militar (veja no vídeo ao lado).

Adeilço Viana Toledo é filho de José Irineu Toledo, herdeiro do Sítio Camará, no 5º Distrito do município. Ele contou ao G1 que no dia em que seu pai morreu, em 1º de agosto de 2013, a Codin desapropriou as terras da família.
"Há 45 anos nós vivemos nesta propriedade. Eles (Codin) invadiram a área nossa aqui, tirando todo o gado que tinha aqui, dizendo que a área agora é deles. Só que até hoje não recebemos nada. E o gado ficou preso na Fazenda Papagaio [propriedade que foi arrendada pela GSA - controlada pela LLX] 75 dias sem comer nada. O juiz agora pediu para a gente tirar o gado. Estramos com um pedido na Justiça para termos a terra de volta. Há dois anos eles fizeram uma vistoria e uma valoração do terreno. Só que é um preço muito baixo e a gente não concorda. Aqui tinha lavoura de quiabo, abacaxi e maxixe. Eram 200 mil frutas colhidas por ano. Tenho 7 filhos que viviam do sustento daqui", disse Adeilço.
De acordo com a LLX, a área foi desapropriada pelo estado, através da Codin, para a implantação do distrito industrial. Segundo a empresa, o valor da indenização foi depositado em juízo e está à disposição dos réus desde 17 de maio, no valor de R$ 742 mil. A empresa desconhece se os réus já se manifestaram no processo para requerer o levantamento ou impugnar o valor ofertado. O documento de imissão de posse fornecido pela LLX ao G1 aponta o réu como ignorado.

G1 ouviu o desembargador Sylvio Capanema sobre a questão. Ele disse que o fato de o réu ser ignorado pode apontar para uma manobra do autor da imissão. "Sendo ignorado o autor evita que tenha uma constatação de que esse valor depositado em juízo seja ínfimo", explicou.

Através de nota, a Codin esclareceu que "a questão de constar como réu ignorado se deve ao fato de que quando foi realizado levantamento no cartório de Registro de Imóveis, relativo à área em questão, não havia qualquer certidão que indicasse quem seriam os reais proprietáros da área". Segundo a Codin, isto justifica o ajuizamento da ação com a informação de réu ignorado.

A Codin disse ainda que a pessoa deve comprovar a titularidade da terra para receber os valores depositados. A família Toledo apresentou ao G1 o documento (veja na foto acima) que comprova que José Irineu Toledo é herdeiro das terras do Sítio Camará.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Jornal do Brasil - País - Políticos gastam verba indenizatória em posto ligado a Cachoeira

Políticos gastam verba indenizatória em posto ligado a Cachoeira 

bomba-de-gasolina.jpg (520×384)
Jornal do Brasil

Um posto de gasolina é acusado de receber recursos da Delta Construções, segundo investigação da Polícia Federal. Segundo a PF, a empresa recebeu os recursos por meio da Brava Construções e Alberto & Pantoja, empresas de fachada, que teriam ligação com Carlinhos Cachoeira. 
Uma reportagem do jornal O Globo, publicada neste Domingo (22), o Posto T-10, localizado em Goiânia, usou os recursos para o financiamento da campanha do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), ex-DEM. Além disso, o local ainda teria fornecido notas fiscais de reembolso aos parlamentares do Congresso, que totalizam R$ 381,5 mil. O valor faz referência a pagamento dos últimos três anos.
Do total, R$ 133 mil foram apresentados por Demóstenes. Os gastos do senador goiano tornaram o posto um dos 20 maiores prestadores de serviço do Senado Federal desde abril de 2009, mês em que começou a ser divulgado o inteiro teor das notas fiscais entregues. Na Câmara dos Deputados, dois parlamentares apresentaram as maiores notas com grandes valores do estabelecimento desde 2009, ano em que a Câmara também começou a detalhar em seu portal a destinação da verba extra para o exercício do cargo: Jovair Arantes (PTB-GO) apresentou comprovantes que totalizam R$ 140,4 mil e Sandro Mabel (PMDB-GO) apresentou notas que somam R$ 103,8 mil. Se considerada a distância média percorrida por um veículo com um tanque de gasolina (cerca de 400 km), o gasto pelos três políticos daria para cada um deles percorrer todos os meses pelo menos 2,5 vezes o trajeto do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), pontos extremos do Brasil.
Carlinhos Cachoeira 
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.
Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.
Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.
Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir ouros políticos, agentes públicos e empresas.
Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos, faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.
Com Portal Terra


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PSOL pede ao STF que proíba concessão de rádio e TV,s para políticos...

Segundo partido, sete senadores e 41 deputados são donos de rádio ou TV.
Ação pede que Judiciário não diplome políticos donos de radiodifusoras.

O PSOL protocolou nesta quinta-feira (15) ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede a proibição de concessões, autorizações e renovações de radiodifusoras a políticos com mandato eletivo. De acordo com levantamento da ONG Intervozes, citado pelo partido, sete senadores e 41 deputados federais são donos de rádios ou emissoras de TV. O levantamento foi feito com base no cruzamento das declarações de renda dos politicos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

sábado, 15 de outubro de 2011

Dieta de informação ou...

  Resistência ou "time que está ganhando não se mexe".
   
 Cada greve no Brasil oferece uma prova de desrespeito ao Judiciário, às leis que este órgão interpreta e tenta fazer cumprir. Cada dia tem-se conhecimento de uma paralisação de profissionais em confronto com as regras que estão estipuladas e que são conhecidas pelos empregados, servidores, profissionais. É quase certo, porém, que serão desonradas pela classe que demonstra insatisfação com o seus ganhos, com sua função, com seu esforço laboral.
  Outras demonstrações de descumprimento de leis podem ser arroladas em muitas e diversas situações. A classe política, por exemplo, dá show de desacato à Constituição, Leis, Portarias, Normas, etc. A classe de políticos é campeã nesse assunto. Principalmente por causa dela quem tiver interesse em se aborrecer com a inoperância do Judiciário em relação a este público é só acompanhar o noticiário policial dos órgãos de comunicação que distribuem diariamente as piores informações que se poderia dar aos brasileiros. Já existe uma legião de pessoas que faz 'dieta de informação' por causa dos políticos e de suas invejáveis impunidades e desmandos em suas ações. Ainda mais porque estas informações são mostradas em horário de refeição. Elas fazem mal a digestão e a saúde do brasileiro. Além disso explicam a falta de habilidade de gestão dos governantes, expõe ao ridículo o trabalho de cada autoridade e das responsabilidades que cada um teria de respeitar em sua nobre função.
  O momento político nacional tem virado a cabeça do contribuinte, do eleitor, do cidadão e tem dado mostra de insatisfação de uma parte dos brasileiros. O desafio de influenciar o Estado e sua inoperância, visível e registrada pela mídia de mudar o seu comportamento  vai ser um transtorno para quem tem o sonho de modificar e introduzir ética na cultura política nacional. Vencer uma cultura estabilizada, tatuada na alma do cidadão é uma grande e árdua tarefa. Será necessário muita argumentação, muita discussão para ultrapassar traços culturais que se fixaram na mente do brasileiro.
  Como alguns brasileiros imaginam, 'aqui neste país' tudo é diferente. Mas, outros brasileiros sabem, existe hoje uma tal de globalização que coloca o mundo inteiro em uma conjuntura planetária  ou 'todos no mesmo saco' e que  por isso será muito penoso aceitar essas extraordinárias demonstrações de queda de economias pelo mundo afora que a mídia mostra todos os dias, em todos os cantos do planeta...sem uma resistência!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Protestos contra Wall Street ganham apoio e cruzam o Atlântico -  Economia - MSN Estadão

Estamos na era dos movimentos...
Daqui a pouco o político perderá sua função, seu salário, sua representação e prestígio (se é que tem)  porque não está se preocupando com as necessidades e carências da população ou não percebe a movimentação da sociedade a que pertencem (?)
Brasília deve tomar cuidado
Protestos contra Wall Street ganham apoio e cruzam o Atlântico - Economia - MSN Estadão

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Região espanhola da Catalunha dá adeus às touradas - Mundo - iG

Região espanhola da Catalunha dá adeus às touradas - Mundo - iG
Custou, mas, agora é lei... A última sessão de violência contra animais na Catalunha chegou ao fim nesse domingo!
A tourada espanhola é uma tradição orgânica apreciada por grande números de fãs. Existe, como sempre, uma facção contrária a lei que tem interesse em reverter a arte de matar touros. 
Vamos ver até quando os políticos espanhóis vão resistir aos pedidos. Se forem todos iguais aos do Brasil o tempo de revisão será curto e grosso...!