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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O silêncio do inocente...



CASO ROSE: SILÊNCIO DE LULA JÁ DURA 53 


DIAS.


Ilustração da coluna do Augusto Nunes - Crédito: Néo Correia
O jornalista Augusto Nunes foi mais uma vez diretamente ao ponto em sua coluna no site da revista Veja. Analisa o mutismo de Lula depois que chegou ao conhecimento público o fato de ter protagonizado uma pornochanchada fora da lei, leia-se o caso Rose. Há 53 dias Lula não emite um pio. Por isso vale a pena sempre dar uma passada pela coluna do Augusto Nunes. Transcrevo:
Se o tamanho da confusão é maior que o estoque de embustes, Lula emudece até ser socorrido pela crônica amnésia nacional — ou pelo aparecimento de outra encrenca que faça andar a fila de casos político-policiais que envolvem o ex-presidente. Foi assim, por exemplo, quando se descobriu a roubalheira do mensalão. Ou quando um avião da TAM explodiu na pista de Congonhas. Ou quando a imprensa revelou amostras da soberba gastança bancada com cartões corporativos.
Como o truque funcionou nos episódios anteriores, o mágico de circo resolveu reapresentá-lo para engambelar a plateia perplexa com o Rosegate. Desta vez não deu certo. A mudez malandra sobre a pornochanchada fora da lei que estrelou ao lado da primeiríssima amiga Rosemary Noronha só serviu para atestar que Lula não tem como sair do atoleiro em que se meteu.
Imposto pela enxurrada de ladroagens, bandalheiras, perguntas sem resposta e abjeções de variado calibre abastecida por quadrilheiros acampados  no escritório da Presidência da República em São Paulo, o mais longo e estrepitoso silêncio de Lula é também o mais patético. Nesta segunda-feira, completou 52 dias. Amanhã serão 54. A coluna só vai encerrar a contagem quando o fugitivo da imprensa recuperar a voz ─ e tratar de usá-la para explicações mais convincentes do que as que deve ter balbuciado em casa.
O país que pensa exige respeito. Patroa é uma coisa, pátria é outra. Fartos de tanta tapeação, milhões de brasileiros não aceitam ser tratados como se fossem um bando de marisas letícias. Da coluna do jornalista Augusto Nunes