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atualizado às 14h39min
Capitão explica o que o comandante do Costa Concordia deveria ter feito.
Navio transportava 4.200 passageiros, e (15) pessoas morreram.
Um dos simuladores mais modernos da Europa, que ensina candidatos a comandar grandes embarcações, ajuda a tentar entender o que aconteceu no Costa Concordia, que encalhou e afundou perto da ilha Giglio, na Toscana. O navio transportava 4.200 passageiros e 13 (agora 15) pessoas morreram.
Sven Dreessen, capitão e diretor da escola, diz que na hora do impacto o capitão não sabia o que tinha acontecido, o tamanho dos danos, quanta água estava entrando a bordo e quantos compartimentos foram afetados. “Ele precisa logo falar com outras pessoas da tripulação para ter a noção exata do problema”, explica.
Ainda sem as informações precisas, ele deve acionar o alarme para que os tripulantes possam se dirigir aos seus postos caso seja necessário abandonar o navio, afirma o diretor da escola. “Tudo isso não deve demorar mais do que cinco ou dez minutos”, conta.
Conduzindo uma simulação, o capitão Dreessen diz que, quando o barco está muito próximo da ilha, não se usa o piloto automático. Segundo ele, o leme e o volante podem ajudar o capitão na hora de um acidente. Além disso, telas de um radar e de uma carta náutica (um mapa) mostram se ele atingiu outra embarcação ou se foi uma pedra submersa.
Dreessen conta que um rombo de mais 50 metros permite que a água entre em velocidades de até 10 mil litros cúbidos por segundo e, a cada minuto, a situação fica cada vez pior. O navio atesta a gravidade da situação ao ficar sem luz.