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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Ódio compulsório invalida trégua de 3 dias na faixa de Gaza

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Trégua de 3 dias não dura 2 horas em Gaza

Israel acusa o Hamas de romper o cessar-fogo e sequestrar um soldado


REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
01/08/2014 11h45 - Atualizado em 01/08/2014 11h55

Menos de duas horas após entrar em vigor a trégua humanitária de três dias, firmada na quinta-feira (31) entre o governo de Israel e o movimento palestino islâmico Hamas, o barulho de bombas voltou a ser ouvido na Faixa de Gaza. O Exército de Israel retomou os bombardeios ao enclave palestino após acusar o Hamas de violar o cessar-fogo, que havia sido pactuado como resultado de muito esforço diplomático dos Estados Unidos e das Nações Unidas (ONU). 

Já nos primeiros ataques cometidos durante a pausa humanitária, autoridades palestinas disseram que pelo menos 50 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas após ataques de artilharia israelenses sobre a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Do outro lado, o exército israelense afirmou que pelo menos oito foguetes e morteiros foram disparados por milícias palestinas de Gaza ao território israelense.

Israel disse ainda que o Hamas sequestrou um de seus soldados, Hadar Goldin, de 23 anos, nas imediações da área de Rafah. Segundo o porta-voz do exército israelense, o coronel Peter Lerner, Goldin foi sequestrado na manhã desta sexta-feira (1º) durante uma operação em que os militares rastreavam a entrada de um túnel na zona sul da Faixa de Gaza. De acordo com Lerner, no meio da ação, os militantes do Hamas saíram do túnel e atacaram os soldados israelenses de surpresa. "Temos que resgatá-lo", disse Lerner à rede americana CNN.

Nesse ataque, dois militares foram assassinados, elevando para 63 o número de israelenses mortos desde o início de julho.

Com o fracasso do cessar-fogo, o Egito, principal mediador no confronto entre Israel e o Hamas, anunciou que decidiu adiar as negociações de paz previstas no Cairo.

Operação Margem Protetora

A nova onda de violência na Terra Santa começou em junho, após três jovens israelenses terem sido sequestrados e mortos por militantes islamistas na Cisjordânia. No dia seguinte, um jovem palestino foi encontrado morto, com sinais de tortura, provavelmente como forma de represália. No dia 8 de julho, Israel iniciou a chamada Operação Margem Protetora, com intensos bombardeios aéreos à Gaza. Do outro lado, a resposta palestina tem sido o lançamento de foguetes contra cidades ao sul de Israel.

Dez dias depois, Israel iniciou uma incursão terrestre à Faixa de Gaza, envolvendo as unidades de infantaria, artilharia blindada, artilharia e unidades de inteligência coordenada com a Marinha de Guerra e a Aviação. Israel diz que a intervenção terrestre tem dois objetivos: acabar com a capacidade ofensiva do movimento palestino islâmico Hamas e localizar e destruir túneis construídos na Faixa de Gaza, que dão acesso ao território israelense. Desde o dia 8 de julho, o conflito na Faixa de Gaza matou 1.464 palestinos e feriu mais de 8.200 pessoas - a maioria, civis.