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sábado, 9 de julho de 2011

O Brasil é o país da impunidade



NEY RUBENS
Direto de Belo Horizonte
O traficante Roni Peixoto de Souza, 40 anos, apontado pela polícia como o "braço direito" do traficante Fernandinho Beira-Mar em Minas Gerais, é considerado foragido da Justiça a partir desta sexta-feira. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Peixoto deixou a penitenciária José Maria Alkmin, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, às 7h de quinta-feira para trabalhar. Ele foi beneficiado com o regime semiaberto, mas não retornou até o horário limite, 18h.
De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ) de Minas Gerais, Roni Peixoto é condenado a 31 anos de prisão por tráfico de drogas. Ele já cumpriu 15 anos e dois meses e ainda deveria cumprir outros 14 anos e 11 meses. Ainda segundo o TJ, em novembro do ano passado o traficante foi acusado em outro processo por tráfico de drogas pela 3ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte. Por isso, a Justiça determinou sua prisão preventiva, o que fez com que ele passasse do semiaberto para o regime fechado. Neste período ele estava na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem.
Na última terça-feira, Peixoto foi absolvido da última acusação e ganhou pela segunda vez o direito de passar para o semiaberto. Por isso, foi transferido novamente para o presídio José Maria Alkimin. Na quarta-feira, segundo a Seds, ele ainda chegou a retornar para o presídio, o que não se repetiu na quinta-feira. A secretaria informou também que a vaga do detento na penitenciária ficará aberta por um prazo de 48 horas a partir do horário que ele deveria retornar.
Se ele aparecer até as 18h de sábado, sofrerá penalidades por não tê-lo feito em tempo hábil. Em 2007, Roni Peixoto foi preso 15 dias depois de também conseguir a liberdade temporária. Os policiais da Divisão de Tóxicos e Entorpecentes de Belo Horizonte apreenderam com ele 460 kg de maconha, dois carros, uma moto, um revólver, uma réplica de pistola semi-automática, uma balança digital e dois rádios comunicadores. Na época, o traficante também havia sido liberado para trabalhar das 6h às 19h.

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