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29/11/2013 às 10h00 (Atualizado em 29/11/2013 às 10h50)
Em 30 anos, dobra número de brasileiros que preferem morar sozinhos
Ao mesmo tempo, aumenta quantidade de jovens adultos que vivem com os pais
A proporção de pessoas que moram sozinhas no Brasil, em relação ao total de domicílios, praticamente dobrou nos últimos 30 anos, aponta a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o estudo, as moradias com apenas uma pessoa representavam 6,2% dos domicílios do País em 1981. No ano passado, já eram 13,2%. De acordo com o IBGE, o crescimento é resultado, entre outros fatores, da queda da fecundidade e do envelhecimento da população.
O IBGE destaca ainda as diferenças regionais, quando se leva em consideração o sexo da pessoa que mora sozinha. No Norte, há uma proporção bem mais elevada de homens que moram sozinhos. No Sudeste e Sul, há mais mulheres.
Segundo o IBGE, o fenômeno é mundial. “O crescimento do número de pessoas que vivem sós tem sido constatado em vários países. Na França, por exemplo, atualmente são mais de 9 milhões, contra 6 milhões em 1990, o que representa um aumento de 50%, em pouco mais de 20 anos”, diz o estudo.
Mais jovens na casa dos pais
O estudo destaca também o aumento na proporção de jovens que demoram em deixar a casa dos pais, os chamados integrantes da ‘geração canguru’.
“O termo 'geração canguru' é utilizado para designar os jovens de 25 a 34 anos de idade que ainda vivem na casa dos pais”, diz o IBGE. "No período de 2002 a 2012, a proporção de jovens deste segmento etário que morava com os pais passou de aproximadamente 20% para 24% no Brasil”.
Segundo o instituto, a decisão dos filhos em morar com os pais por mais tempo pode ser motivada por questões não só de natureza emocional, mas também financeira.
Dados da Pnad
A pesquisa levou em consideração, principalmente, os dados da Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O levantamento se apoia em dados sobre a população brasileira, desigualdades raciais e de gênero, arranjos familiares, domicílios, educação, saúde, trabalho e rendimento e compara informações de 2002 e 2012. O objetivo é conhecer a realidade brasileira, sobretudo para avaliar a qualidade de vida do brasileiro.
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