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sábado, 21 de dezembro de 2013

Protesto com cara de inocência... / G1

21/12/2013 05h05 - Atualizado em 21/12/2013 05h05


'Toplessaço' no Rio é confirmado, 




apesar de 'enxurrada de machismo'


Evento em rede social foi alvo de comentários hostis, diz organizadora. 
Convocação foi feita para a manhã deste sábado na Praia de Ipanema.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio

A atriz e produtora de teatro Ana Rios (E) e a amiga Bruna Oliveira posam na praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, local onde acontecerá o "Toplessaço", criado por elas (Foto: José Pedro Monteiro/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)Nem machismo, nem chuva vão impedir o evento,
garantem as organizadoras (Foto: José Pedro
Monteiro/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
O 'Toplessaço', protesto convocado em uma rede social para um topless coletivo na Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio, está confirmado para este sábado às 10h. Por conta da "enxurrada de machismo", segundo a atriz e organizadora Ana Rios, o evento no Facebook ficou oculto "somente" aos 50 mil convidados. Na sexta (20), voltou a ser público — e a ser alvo de ataques.
proposta do encontro é justamente promover um debate sobre a não-criminalização da nudez feminina e decretar o "fim da repressão policial sobre os corpos". Portanto, nem mesmo os insultos — muito menos eles — vão mudar o que foi programado.
"Está tudo certo", disse Ana, que só cogitava adiar o evento por conta de um eventual mau tempo. "Mas já não estou nem mais acreditando que vá chover, a previsão mudou", disse. A concentração do evento será em frente a Rua Joana Angélica, em Ipanema.
Origem do 'Toplessaço'
As produtoras teatrais Ana Rios e Bruna Oliveira tiveram a ideia durante a Marcha das Vadias, no dia 27 de julho. Enquanto os ativistas reivindicavam igualdade de direitos entre homens e mulheres, elas perceberam olhares de repressão de transeuntes.
"Durante a marcha, percebi que a existência do topless era muito agressiva. Ouvi várias pessoas falando coisas horríveis. Comentei com a Bruna como achava louco as pessoas terem uma reação tão violenta com o corpo feminino. Há uma aceitação em um contexto de compra e venda, mas não no contexto natural. Até em revistas de amamentação, é muito raro ver mulheres com os peitos de fora", disse a organizadora do evento ao G1.

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