06/05/2014
às 22:06 \ CulturaO cinismo de Ricardo Boechat contra Rachel Sheherazade
Não satisfeitos com a censura à Rachel Sheherazade, militantes e idiotas úteis colocam na conta da apresentadora do SBT os mortos em justiçamentos, atos dos quais se têm registro no país pelo menos desde a primeira metade do século XVIII (e que renderam em 2008, por exemplo, matérias como esta do Estadão), mas que passaram a chamar a atenção da imprensa esquerdista após Sheherazade ter julgado nada mais que “compreensível”, nunca justificável, o caso do bandido amarrado no poste, que voltaria a assaltar semanas depois.
O doutor Drauzio Varella, aliás, contou em artigo recente que perguntou a um dos detentos do antigo Carandiru, que levava o corpo de um estuprador com mais de 40 facadas à enfermaria, por que razão eles respeitavam o assassino de um pai de família, enquanto barbarizavam o estuprador. Segue o trecho com a resposta e o comentário de Varella:
- Quem mata uma pessoa pode passar o resto da vida sem matar mais ninguém. O estuprador vai sair daqui e atacar outra mulher, que pode ser a sua filha ou a minha irmã. Esses caras são anormais.
Não lhe tiro a razão. De fato, aceitamos com mais condescendência um assassino do que o estuprador. O estupro é o mais abjeto dos crimes.
Pronto. Drauzio Varella “não tirou a razão” dos justiceiros presidiários. Não tirar a razão de alguém é até pior do que julgar “compreensível” o ato. Entre compreender e justificar há uma distância maior do que entre não tirar a razão e justificar, já que a razão, se não é tirada, é NO MÍNIMO compreendida. Vamos responsabilizar Drauzio Varella por todos os homicídios de estupradores também? Claro que não. Qualquer ser alfabetizado funcional e moralmente nota que ele quis apenas compreender o raciocínio do detento ou simplesmente concordou com a anormalidade dos estupradores. Mas, se Sheherazade ou qualquer outro “reaça” tivessem dito tal coisa dessa forma, o mundo cairia em cima, como continua caindo no caso dela.
Ricardo Boechat já havia declarado que as opiniões da apresentadora eram “uma bosta”; e agora, após a matéria sobre o linchamento de uma mulher no Guarajá, litoral de São Paulo, atingiu o ápice do cinismo com este comentário que transcrevo e comento abaixo:
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