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Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

domingo, 16 de agosto de 2015

Coluna de Augusto Nunes, dia 16 de agosto e outros assuntos...


16/08/2015
 às 16:45 \ Opinião

Oliver: O que comemorar?

VLADY OLIVER
É impressionante como os políticos ─ e jornalistas, em grande parte ─ tem a necessidade quase intestina de fazer uma leitura errada das manifestações Brasil afora. Há muito o que comemorar no dia de hoje, meus caros. Primeiro: a população em peso entendeu a real natureza dessa crise: FORA PT. Não é somente a defesa do impeachment, mas o fim de uma época inteira de roubalheiras representada por esta quadrilha. Não é pouca coisa.
16/08/2015
 às 14:17 \ Direto ao Ponto

Multidão na Avenida Paulista se aquece ao som de Saudação à Mandioca

16/08/2015
 às 11:04 \ Opinião

Fernando Gabeira: O grito dominical

Publicado no Globo
FERNANDO GABEIRA
Hoje é domingo, dia de manifestação. Dia singular, pois podemos sair às ruas e dizer em alta voz o que queremos para o país. Digo singular porque o grito nas ruas nos libera do esforço, construindo mediações nas relações cotidianas. Outro dia, ia entrevistar um prefeito do PT no interior a propósito de algo muito positivo que acontece em sua cidade. No entanto, eu me vi planejando uma pergunta indispensável, com o máximo de diplomacia: “O que o senhor acha dessas coisas que acontecem com o PT?”
16/08/2015
 às 8:12 \ Opinião

“O futuro na janela” e outras cinco notas de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN
No Brasil, ensinava o ministro Pedro Malan, até o passado é imprevisível. Mas o futuro já dá para prever: basta olhar hoje pela janela, abrir os ouvidos à voz das ruas, dar uma volta com a manifestação Fora Dilma. Caso a manifestação seja pequena, os bons acertos do governo com Guerreiros do Povo Brasileiro como Renan Calheiros, Guilherme Boulos, do MTST, e Wagner Freitas, o presidente da CUT que se imagina comandante supremo dos exércitos bolivarianos, permitirão à presidente Guerreira da Pátria Brasileira arrastar-se até pelo menos a próxima crise (como a da CPI do BNDES, por exemplo; ou, já iniciada, a investigação da Polícia Federal sobre o custo da Arena Pernambuco, construída pela Odebrecht, e que certamente não se limitará a um único estado, nem a um só estádio). Uma grande manifestação enfraquecerá ainda mais quem já está fraca. E os índices de popularidade de Dilma não têm mais como emagrecer.
Os seres vivos (e políticos são muito mais vivos) têm como principal instinto o da sobrevivência. Governo que disponha de cargos a distribuir tem lá seus atrativos. Isso, entretanto, só vale longe das eleições: em anos eleitorais, como 2016, governo fraco é evitado como doença contagiosa. Político adora vencedores e foge de quem depende de um Renan para sobreviver mais algum tempo. Muda de lado, e logo. Collor, aliás, se apoiava em Renan. E Renan o abandonou.
Em resumo, se a manifestação for um sucesso, até o Barba a porá de molho.
15/08/2015
 às 17:28 \ Opinião

J. R. Guzzo: ‘Velório em câmera lenta’

Publicado na versão impressa de VEJA
J. R. GUZZO
José Dirceu fecha enfim o seu ciclo na paisagem pública brasileira. Acaba onde começou: numa prisão. Em outubro de 1968, aos 22 anos de idade, entrou em cena ao ser preso num congresso clandestino de estudantes no interior de São Paulo. Na semana passada, apanhado nessa prodigiosa chacina que a corrupção criou dentro e em torno da Petrobras, estava de volta à cadeia, desta vez num xadrez da Polícia Federal de Curitiba, para o ato final de sua jornada. Há uma gelada melancolia nisso tudo. Entre um momento e outro, Dirceu investiu 47 anos na luta sem descanso pelo poder. Chegou lá, depois de esforços maiores do que prometia a força humana, em 2003, quando o Partido dos Trabalhadores emergiu como a principal força política do Brasil ─ mas ao chegar conseguiu ficar apenas dois curtíssimos anos, lançado ao mar pelos companheiros nas primeiras trovoadas do que viria a ser o mensalão.

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