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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Os pecados do seminarista do PT / coluna de Augusto Nunes


A fantasia de camponês informa que Gilberto Carvalho começou a preparar-se para a vida de foragido

O ex-seminarista que virou coroinha de missa negra um dia terá de enfrentar o acerto de contas com a Justiça pelas patifarias em que se meteu pelo menos desde 2002

Por: Augusto Nunes  
Mergulhado na semiclandestinidade desde 18 de maio, quando foi demitido por Michel Temer da presidência do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), Gilberto Carvalho voltou a dar as caras em Brasília neste Sete de Setembro. Disfarçado de lavrador, juntou-se a um desfile promovido pelo MST não para festejar o Dia da Independência, mas para berrar “Fora Temer”.
A exemplo de todos os oficiais do exército do Stédile, começando pelo comandante supremo, o ex-ministro de Lula e Dilma tem tanta intimidade com o mundo rural quanto Lula com os plurais. Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, só viu de perto foices e martelos na bandeira da defunta União Soviética. Se manusear um machado, pode acabar decepando a própria cabeça.
Por que teria resolvido reaparecer com a bizarra fantasia de camponês? A hipótese mais provável é que o ex-seminarista que virou coroinha de missa negra, alertado pela demissão por justíssima causa, começou a preparar-se para a vida de foragido da Justiça. Um dia terá de vivê-la se quiser escapar do castigo amplamente justificado pelas patifarias em que se meteu pelo menos desde janeiro de 2002.
Naquele ano, ele fez o diabo para impedir que se investigasse o assassinato do prefeito Celso Daniel, um dos figurões do PT paulista. A pergunta que nada calará continua à caça de resposta: quando o Brasil saberá toda a verdade sobre a conspiração homicida? Gilberto Carvalho sabe.
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