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sábado, 8 de abril de 2023

Uma história que vence o Tempo e imortliza Henrique Lage ...!

Não por acaso (desde a inauguração da AMAN), o primeiro colocado recebe sempre a condecoração de "Cadete Henrique Lage". OS MÁRMORES DA AMAN Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN por Carlito Lima No início de 1943, tempo de II Guerra Mundial, a construção da AMAN em Resende/RJ havia parado por falta de verbas; funcionava no Rio de Janeiro a velha Escola Militar de Realengo. Nesta, oito cadetes, companheiros inseparáveis, saíam sempre juntos. Em algumas noites, eles costumavam sorrateiramente cavalgar até uma boate de mulheres que havia em Botafogo. Os oitos cadetes vestiam-se apenas com pelerine (capa militar azul marinho sem mangas), botas e o quepe a Príncipe Danilo; o mulherio se assanhava quando eles apareciam. Os cadetes cavalgavam nus, dançavam nus, apenas cobertos pela pelerine. Certamente iam nus para os quartos das prostitutas apaixonadas. Era um alto risco, se fossem apanhados pela Patrulha Militar pegariam cadeia ou até expulsão. Certa noite, depois de dançar com as mulheres, depois de se deitarem com as "namoradas", os oito amigos montaram nos cavalos escondidos no mato e com um grito de comando dispararam pela estrada de barro, retornando a Realengo. Quando passavam por uma rua, por volta das 23 horas, viram numa esquina escura quatro homens assaltando e batendo num senhor que pedia clemência, que não lhe matassem. Os cadetes, os oitos cavaleiros, nem precisaram combinar, puxaram as rédeas e os cavalos dirigiram-se para o local do assalto. Com destemor e muita garra, desmontaram dos cavalos ainda a galope e agarraram os bandidos. Dois socorreram o cidadão, que já devia ter mais de 50 anos, os outros prenderam os marginais. Entregaram os facínoras numa delegacia próxima, e o velho ferido foi deixado num hospital. Na segunda-feira, durante a formatura matinal, o comandante da Escola pediu à tropa para que os cadetes que haviam salvado a vida de um cidadão se apresentarem; o filho desse senhor estava ali para agradecer. Os oito amigos não se revelaram, receio de pegar cadeia. Só depois do comandante muito insistir e promessa de não haver punição, os cadetes se apresentaram. Foram levados à presença do velho no hospital. Era nada mais nada menos que Henrique Lage, um dos homens mais ricos do Brasil, dono de várias empresas, inclusive o Loyde Nacional, companhia de navios que fazia a costa brasileira. O rico senhor agradeceu aos cadetes e perguntou qual a precisão de cada um: eles dissessem o que queriam, casa ou carro, ou o que fosse. Os oito amigos pediram para pensar. Reuniram-se, discutiram muito. No outro dia foram ao ricaço. Nada queriam para eles, pediam que ele ajudasse a terminar a construção da Academia Militar das Agulhas Negras, que estava paralisada. O velho deu a ordem, mandou buscar o mais fino mármore de Carrara na Itália para o revestimento, mandou comprar todo o piso da Academia em granito. Até hoje perdura o luxo e a suntuosidade daquele belíssimo conjunto arquitetônico. A AMAN é considerada a mais bonita Academia Militar do mundo, graças à digna história dos oito cadetes, hoje anônimos militares reformados de nomes esquecidos. Mas o belo gesto, a coragem, o destemor e o amor à sua Escola tornaram-se lenda, sempre lembrada nas reuniões militares. É preciso saber lutar como um leão, mas lutar por sonhos que valham a pena. Fonte: leia o texto completo em Sangue Verde Oliva. *"Infelizmente, alguns esqueceram estes valores"*

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