Enviado por Daniela Kresch -
16.2.2012
|12h44m
Jornalista árabe diz ter sido humilhada por empresa aérea israelense
Uma jornalista árabe-israelense afirma ter sido humilhada pela segurança da empresa aérea israelense El Al quando tentava embarcar num vôo da empresa de Milão, na Itália, para Tel Aviv.
Yara Mashour, editora da revista feminina Lilac, da cidade de Nazaré, na Galiléia, disse que foi injustamente assediada pelos funcionários da El Al. Ela acabou desistindo de voar pela empresa e pensa em entrar com uma ação na justiça contra ela.
Segundo Yara, filha do importante jornalista Lufti Mashour – editor do semanário Al-Sinara –, ela e seu cunhado foram separados do resto dos passageiros no Aeroporto de Malpensa, em Milão, assim que os seguranças perceberam que eram de ascendência árabe. Três funcionários começaram, então, a fazer uma batelada de perguntas aos dois. Yara contou ao jornal Haaretz que o interrogatório foi muito mais demorado do que o de rotina.
A jornalista conta que foi tratada como “criminosa”, enquanto seu cunhado teve que abrir sua mala e mostrar tudo o que havia dentro dela.
-- Comecei a discutir e perguntar a eles porque faziam tantas perguntas. Um dos guardas, aparentemente responsável naquele momento, se enfureceu e começou a gritar: “você não vai embarcar nesse avião até que eu tenha feito todas as perguntas e tenha passado pela mais rígida checagem de segurança!”.
Yara conta que foi levada para uma sala para passar por um exame corporal. Mas, como se recusou, disse concordar em abrir mão do vôo. Ao Haaretz, ela afirmou que se sentiu “violada em muitos sentidos”.
Ela acabou voltando para Israel num vôo da Turkish Airlines.
A El Al reagiu com um comunicado, afirmando que seus funcionários agiram “de acordo com as instruções das agências de segurança” e que “lamenta que os passageiros se ofenderam e optaram por não viajar” com a empresa.
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