9/03/2012
às 19:00 \ Vasto MundoMulheres iranianas no exílio ficam nuas em vídeo de protesto contra a discriminação e os maus tratos
A história de tirar a roupa para protestar aumenta cada vez mais.
Agora, são cidadãs iranianas no exílio — que, em seu país, são perseguidas pela Polícia da Virtude se saírem às ruas de cabeça descoberta — as que lançaram calendário de fotos em que aparecem nuas. É uma forma de protesto contra os maus tratos e a discriminação às mulheres praticados no Irã em nome do Islã.
O calendário foi lançado no dia 8 passado, o Dia Internacional da Mulher. A ideia é juntar forças ao protesto da blogueira egípcia Aliaa Magda Elmahdy, que postou várias fotos de si mesma e do namorado nus, e por isso sofreu ameaças de morte.
O calendário pode ser baixado – de graça – ou comprado – e a renda será revertida para apoiar as mulheres e a liberdade de expressão -, no blog da ativista Maryam Namazie, radicada em Nova York, que tem a inscrição: “nada é sagrado”, além de contar um convite para juntar-se ao movimento contra uma sociedade violenta, o racismo, o sexismo, o assédio sexual e a hipocrisia.
Namazie, em seu blog, diz que “o islamismo e a direita religiosa são obcecados com os corpos das mulheres e exigem que sejam velados, amarrados e amordaçados. Assim sendo, quebra de tabus, como a nudez, é uma importante forma de resistência.”
Vejam o que dizem as mulheres que participaram do calendário, no vídeo abaixo. Depois do vídeo, se quiserem, vocês podem consultar a tradução das curtasfrases ditas em farsi (idioma do Irã) e que aparecem em inglês na tela.
Mulheres iranianas protestam com calendário revolucionário de fotos com nudez
No lugar de quem quer mas não pode …
Eu acredito na igualdade entre mulheres e homens …
Minha nudez é um ”não” ao apedrejamento até à morte …
Meus pensamentos, meu corpo, minha escolha …
Minha nudez é um “não” à política do Islã …
Por que não?
Eu sou uma mulher …
Eu sou uma mulher …
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Tags: ameaça de morte, apedrejamento, discriminação e opressão à mulher,Islam, mulheres iranianas no exílio, nudez, protesto
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