Menino suspeito de matar família pode ter sido vítima de armação, diz jornal
O caso do menino de 13 anos suspeito de ter matado os pais, a avó e a tia, e de ter se suicidado, em São Paulo, repercute no mundo e ganha contornos ainda mais misteriosos. As características nebulosas do crime abrem margem para especulações. O jornal britânico Daily Mail estampa reportagem afirmando que o garoto Marcelo Pesseghini pode ter sido mais uma vítima, e não o autor da chacina.
O jornal destaca o fato de a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini, mãe do menino, ter denunciado colegas suspeitos de roubo. De acordo com o Daily Mail, as revelações e suspeitas da família das vítimas abrem a possibilidade de que o garoto seja vítima de uma armação, que teria como motivação a vingança.
Nesta quinta-feira, o comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, coronel Wagner Dimas, disse à Corregedoria da corporação ter "se perdido" durante a entrevista que deu à Rádio Bandeirantes, quando afirmou que a policial militar Andréia Pesseghini havia colaborado com informações para uma investigação contra colegas que participavam de roubos de caixas eletrônicos.
Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.
A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.
Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.
Com Portal Terra
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