Detidos após protesto contra Copa são
liberados em São Paulo
Polícia Militar deteve suspeitos de tumulto em hotel na Rua Augusta.
Fusca foi incendiado e carro da Guarda Civil Metropolitano, depredado.
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Manifestantes mascarados depredaram agência bancária. (Foto: Adriano Lima/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo |
127 manifestantes que foram detidos após o protesto contra a Copa do Mundo, ocorrido neste sábado (25), em São Paulo, foram liberados neste domingo (26). Segundo informações do 78º DP, cerca de 10% dos detidos eram menores de idade.
Eles foram presos sob a suspeita de danos na região do protesto. A PM diz que vai abrir um inquérito para individualizar a conduta de cada um.
O ato, que começou pacífico e chegou a reunir 2,5 mil pessoas, terminou em vandalismo no Centro da capital paulista. Lá, manifestantes mascarados destruíram vidraças de agências bancárias, concessionárias e carros.
Inicialmente, a Polícia Militar informou que 128 pessoas haviam sido presas durante o protesto, mas de acordo com informações do 78º DP, foram 127.
Manifestações semelhantes foram convocadas em outras cidades do país. (O G1 acompanhou em tempo real a manifestação em São Paulo, em fotos e vídeos: veja aqui).
A manifestação
Desde a madrugada alguns manifestantes já se concentravam em barracas no vão livre do Masp. A concentração se intensificou ao longo da tarde, quando um grupo de jovens mascarados se uniu ao ato.
Desde a madrugada alguns manifestantes já se concentravam em barracas no vão livre do Masp. A concentração se intensificou ao longo da tarde, quando um grupo de jovens mascarados se uniu ao ato.
O grupo saiu em marcha pouco depois das 17h na Avenida Paulista. A manifestação seguiu sem incidentes até o Centro, apesar de ter ocorrido troca de empurrões entre PMs e manifestantes na descida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio. Lojistas foram orientados a fechar as portas.
Ao chegar ao Viaduto Maria Paula, alguns jovens começaram a correr para se livrar da escolta da PM. Segundo o tentente-coronel que comandava a operação, havia 950 policiais somente na Avenida Paulista.
Foi no Centro, nas imediações da Rua Barão de Itapetininga, que foram ouvidas as primeiras explosões, cuja origem não foi identificada.
Pouco depois, um grupo de mascarados, que estava na região da Praça Roosevelt depredou uma agência do banco Itaú e depredou uma viatura da Guarda Civil Metropolitana. Na mesma região, um Fusca pegou fogo. Jovens chegaram a relatar a equipe da TV Globo que o carro não teria sido alvo da ação e que ele se incendiou após uma lixeira ter sido queimada.
Na sequência, foram registrados atos de vandalismo na região da Rua Augusta. Vidros de uma agência do Santander, de uma concessionária e de um prédio foram quebrados.
Manifesto
Antes de a caminhada começar, os jovens distribuíram um manifesto. No texto, eles afirmam que as manifestações de junho de 2013 mostraram que os brasileiros já perceberam que "os gastos bilionários na construção de estádio não melhorama vida da população, apenas retiram investimentos dos direitos sociais."
O texto diz ainda que povo não pode admitir megaeventos que, segundo os grupos, só servem ao lucro das empresas. "Nossa proposta é barrar a copa. Nosso manifesto é em defesa das pessoas, contra os interesses do lucro e daqueles que querem transformar tudo em mercadoria", afirma o manifesto.
Antes de a caminhada começar, os jovens distribuíram um manifesto. No texto, eles afirmam que as manifestações de junho de 2013 mostraram que os brasileiros já perceberam que "os gastos bilionários na construção de estádio não melhorama vida da população, apenas retiram investimentos dos direitos sociais."
O texto diz ainda que povo não pode admitir megaeventos que, segundo os grupos, só servem ao lucro das empresas. "Nossa proposta é barrar a copa. Nosso manifesto é em defesa das pessoas, contra os interesses do lucro e daqueles que querem transformar tudo em mercadoria", afirma o manifesto.
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