Internacional
Com medo, jornalista que noticiou morte de Nisman foge para Israel
Damian Pachter disse que deixou a Argentina porque seus telefones estavas grampeados e estava sendo seguido
O jornalista Damian Pachter, do Buenos Aires Herald: noites sem dormir (Twitter)
Primeiro jornalista a noticiar a morte do procurador Alberto Nisman em sua conta no Twitter, o argentino Damian Pachter, do jornal Buenos Aires Herald, confirmou que se refugiou em Israel neste domingo, segundo o jornal La Nación. O repórter, que também tem cidadania israelense, deixou a Argentina após afirmar que sua vida estava correndo perigo. Antes de chegar ao Oriente Médio, ele passou pelo Uruguai e pela Espanha. Ele publicou, neste domingo, em seu perfil no Twitter que está "a salvo em Tel Aviv".
Nos últimos dias, o jornalista vinha dizendo que seus telefones estavam grampeados e que estava sendo seguido por desconhecidos. Ele afirmou a colegas trabalho que não voltaria à Argentina "durante este governo". "Me mandaram uma indireta", disse, acrescentando que não pôde buscar "roupa nem dinheiro" em casa.
Pachter publicou também neste domingo um artigo no jornal israelense Haaretz, no qual explica os motivos da sua fuga da Argentina. No texto, ele afirma que sofreu intimidações e passou muitas noites sem dormir. "A Argentina se converteu em um lugar escuro conduzido por um sistema político corrupto", escreveu.
Leia também:
Caso Nisman: “Argentina fica mais escura”, diz deputado opositor
Nisman levou tiro a 1 centímetro da cabeça, diz promotora
Para defender Cristina, seu partido ataca juízes, promotores, jornalistas...
Caso Nisman: Cristina agora está "convencida" de que não foi suicídio
Caso Nisman: “Argentina fica mais escura”, diz deputado opositor
Nisman levou tiro a 1 centímetro da cabeça, diz promotora
Para defender Cristina, seu partido ataca juízes, promotores, jornalistas...
Caso Nisman: Cristina agora está "convencida" de que não foi suicídio
Nisman foi encontrado morto com um tiro em seu apartamento em Buenos Aires, dias após denunciar a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o chanceler Héctor Timerman por negociar um plano para garantir impunidade e "acobertar fugitivos iranianos", referindo-se aos acusados do ataque terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 18 de julho de 1994.
Nenhum comentário:
Postar um comentário