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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Tiroteio no México fez 43 mortes... a maioria civís // El País Brasil


Tiroteio entre polícia do México e criminosos deixa 43 mortos

Confrontos ocorreram a poucos quilômetros de onde foi morto um candidato a prefeito

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Tanhuato
Policiais em Tanhuato. / HECTOR GUERRERO (AFP)
Um confronto entre policiais e supostos criminosos deixou ao menos 43 mortos no Estado de Michoacán, no sul do México. Os ataques ocorreram no município de Tanhuato, a 450 quilômetros da capital mexicana e localizado no limite entre Michoacán e Jalisco, dois Estados que são fundamentais na estratégia de segurança do presidente Enrique Peña Nieto.

Entre os mortos estão pelo menos 41 civis e dois policiais federais, segundo uma fonte de segurança, que pediu anonimato. A troca de tiros começou na manhã desta sexta-feira. As informações oficiais indicam que um comboio da Polícia Federal mexicana foi atacado por um grupo armado.
O governador interino de Michoacán, Salvador Jara Guerrero, disse que há ainda cinco detidos e três feridos.
Michoacán é um dos Estados mais instáveis do México, mas a região onde aconteceu o ataque é ainda mais. É um território em disputa há pelo menos cinco anos, por sua localização estratégica para o tráfico de drogas. Está a poucos quilômetros de La Barca (Jalisco), onde foi encontrada uma das valas comuns mais numerosas do México: ao menos 67 mortos, a grande maioria ainda sem identificação. Tanhuato também é vizinha de Yurécuaro, onde o candidato a prefeito Enrique Hernández foi assassinado em pleno comício. O México terá eleições regionais em 7 de junho.
Tanhuato e Yurécuaro são dois municípios com o mesmo contexto. Enrique Hernández, um dos líderes das forças de autodefesa criadas em fevereiro de 2013 para se defender com armas do crime organizado, havia sido acusado no ano passado de assassinato do prefeito do Tanhuato, Gustavo Garibay, em abril de 2014. Hernández foi detido sem mandado judicial e afirmou à Comissão de Direitos Humanos de Michoacán que havia sido torturado para fazer uma confissão. Meses mais tarde foi solto por falta de provas que o relacionassem ao assassinato.
Apesar de a região de Tierra Caliente, em Michoacán, ter centralizado a atenção midiática desde o lançamento das forças de autodefesa, há mais de dois anos, a distância entre Tanhuato e Apatzingán, o epicentro de Tierra Caliente, é de quase quatro horas de carro. O assassinato mais grave ocorrido contra um militar no México, o vice-almirante Carlos Salazar, aconteceu também em um município distante do suposto foco central das autodefesas: em Churintzio, a 40 minutos de Tanhuato e também na estrada entre Jalisco e Michoacán.
O Gabinete de Segurança do México anunciou que determinou a mobilização de membros do Exército e da Marinha à região para restabelecer a segurança. O Governo mexicano ainda não informou sobre qualquer relato oficial a respeito dos fatos ocorridos nesta sexta-feira.

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