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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Operação Lava Jato é internacional... Investigação do Metrô da Caracas pode apontar Lula e Odebrecht envolvidos

4/05/2015 10:23:00 PM

LAVA JATO: DINHEIRAMA DO BNDES QUE FINANCIOU METRÔ VENEZUELA ESTÁ SOB INVESTIGAÇÃO E ENVOLVE LULA E A EMPREITEIRA ODEBRECHT.

Marcelo Odebrecht, Lula e o finado tiranete Hugo Chávez: investigações levantam suspeitas sobre o montante de dinheiro do BNDES recebido pela Odebrecht via governo chavista segundo reportagem da revista Época.
Foi no fio do bigode, com a informalidade que marcou alguns negócios do Brasil com a Venezuela de Hugo Chávez. Em 26 de maio de 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao subsolo do hotel Pestana, na orla de Salvador, para encontrar o líder venezuelano. Conversa vai, conversa vem, os companheiros acertaram que o BNDES desembolsariaUS$ 747 milhões para financiar a construção de linhas do metrô de Caracas, na Venezuela. Combinou-se que a obra seria tocada pela construtora baiana Odebrecht. Seis anos depois (e dois anos após a morte de Chávez), surgem indícios de irregularidades na operação, escondidas na quase impenetrável opacidade dos financiamentos do BNDES no exterior. Documentos reservados do Tribunal de Contas da União, obtidos por ÉPOCA, revelam que a construtora e o governo venezuelano receberam do banco mais dinheiro do que precisavam para executar as obras, sem apresentar as garantias necessárias para cobrir o risco do calote.
A operação de crédito orquestrada por Lula e Chávez levanta duas suspeitas principais. A primeira tem a ver com a aprovação do empréstimo do BNDES. Para liberar os US$ 747 milhões, o banco ignorou suas regras e abriu exceções camaradas: dispensou a exigência de garantias por parte da Odebrecht e assumiu o risco de calote acima dos limites estabelecidos em sua própria resolução. O segundo indício de irregularidade detectado pelo TCU se relaciona à “incompatibilidade entre os avanços físicos e financeiros do projeto”. Em outras palavras, o BNDES mandou dinheiro para as obras da Odebrecht mesmo quando elas não avançavam conforme o combinado. Assim, produziram-se saldos em dólares no exterior, embolsados pelo governo venezuelano e repassados à empreiteira para executar obras. Segundo cálculos do TCU, cerca de US$ 201 milhões foram “antecipados sem justificativa na regular evolução da obra” da linha Los Teques, o mais caro dos projetos. Entre janeiro e abril de 2010, a Odebrecht só havia gastado 8,15% do valor total do empreendimento. Mesmo assim, recebeu centenas de milhões de dólares do cofre do BNDES, via governo da Venezuela.
força-tarefa da Lava Jato já obteve fortes evidências de que a Odebrecht pagava propina a políticos e burocratas brasileiros por meio de empresas do grupo sediadas no exterior – o que inclui a Venezuela. A dinheirama para as obras no metrô está sob investigação. Do site de Época - Leia Mais

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