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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Notícias arrepiantes de Brasília... / Cláudio Humberto

15 DE NOVEMBRO DE 2017
Após sobreviver a duas graves denúncias da Procuradoria Geral da República, o presidente Michel Temer adquiriu uma autoconfiança que espanta até os velhos amigos habituados com sua conhecida cautela diante das grandes decisões: vai levar adiante a Reforma da Previdência para implantar um sistema de aposentadorias igual para trabalhadores públicos e privados. Ele sabe a magnitude da briga que vai comprar com a elite do serviço público beneficiária do sistema atual.
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A guerra aos privilégios afetará áreas que podem causar problemas sem fim a Temer: Justiça, Ministério Público e Forças Armadas.
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No Brasil, 1 milhão aposentados do setor público custam mais (R$ 164 bilhões) que 30 milhões de aposentados do setor privado (R$ 150 bi).
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A campanha de esclarecimentos sobre a reforma da Previdência, em gestação, usa a expressão “chega de privilégios” como mote.
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No setor público, as aposentadorias são integrais e há servidores que contam ainda com uma loteria ao deixar o serviço ativo: a “pecúnia”.
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Mesmo que sejam condenados por campanha eleitoral antecipada, o ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) pagariam, no máximo, R$ 25 mil de multa. O pior é que essas multas são cobradas e depois distribuídas aos próprios partidos políticos na proporção do Fundo Partidário. Este ano, por exemplo, o Tribunal Superior Eleitoral distribuiu mais de R$55,8 milhões de multas eleitorais entre os partidos.
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Tanto no caso de Lula, quanto de Bolsonaro, a acusação se refere à divulgação na internet de vídeos que mencionam as candidaturas.
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Para o Ministério Público Eleitoral (MPE), tanto o petista, quanto o ex-militar fazem referência às candidaturas deles a presidente em 2018.
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A legislação permite a propaganda somente a partir de 15 de agosto do ano da eleição e prevê multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil.
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O ex-ministro Bruno Araújo também deve esvaziar, com sua saída, o “bananaço” contra Michel Temer, articulado por tucanos com o objetivo de se afastar do governo fazendo a maior pose de oposição.
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A ex-presidente cassada Dilma perambula em Berlim há uma semana, na companhia de dois seguranças (medo dos brazucas?) e hospedada no luxuoso Hotel Maritimi. Resta saber quem paga tudo isso.
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O chanceler Aloysio Nunes chegou ontem na bela Baku, Azerbaijão, para a primeira visita de um ministro das Relações Exteriores brasileiro ao Cáucaso. Em seguida ele visitará a Geórgia e a Armênia.
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A defesa do ex-presidente Lula afirmou que os vídeos questionados na Justiça Eleitoral como propaganda eleitoral antecipada, “não foram feitos pela equipe dele”. Ah, bom. Deve ser de algum amigo da família.
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O vice-ministro da Economia de Angela Merkel, Mathias Maching, que esteve em Porto Alegre com o embaixador do Brasil em Berlim, Mário Vilalva, prevê aumento do comércio após o acordo entre o Mercosul e União Europeia: “Melhora o ambiente para investimentos estrangeiros”.
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Empresas aéreas continuam debochando sob os auspícios da “agência reguladora” Anac. Cliente da Latam foi impedida de fazer check-in de passagem Rio-SP, adquirida há um mês. “É o controle aeroportuário, senhor”, diz a funcionária robotizada. É o novo nome do “overbooking”.
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O setor de shopping centers representa 2,6% do PIB no Brasil e gera mais de 3 milhões de empregos. A expectativa da associação dos shoppings (Abrasce) é 7,5% de crescimento este ano e 10% em 2018.
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A verba para o Ministério da Defesa (que inclui Forças Armadas) para 2017 é R$ 94 bilhões, dos quais mais de 73% (R$ 69 bi) são gastos apenas a folha de pessoal; salários, aposentadorias e pensões.
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…o fim do ano se aproxima, mas em Brasília a torcida mesmo é pelo fim de 2018.

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