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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Brasil "está mal na foto"... No mundo 119 jornalistas assassinados em 2012

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Imprensa

Ano de 2012 bate recorde 119 assassinatos de jornalistas

Brasil é o 4º país mais perigoso para profissão, atrás de Síria, Somália e México

O jornalista Décio Sá
O jornalista Décio Sá, executado em um bar no Maranhão este ano (Divulgação)
Pelo menos 119 jornalistas morreram neste ano no mundo durante o exercício da profissão, o número mais alto desde que em 1999 o Instituto Internacional de Imprensa (IPI) começou sua apuração, informou nesta quinta-feira em Viena a organização. O conflito sírio é o responsável pelo maior número de mortes, com um total de 36, enquanto 16 jornalistas morreram na Somália, onde ninguém foi julgado pelas mortes.
México, Paquistão e Filipinas também seguem sendo locais nos quais exercer o jornalismo implica graves riscos. No México morreram neste ano sete jornalistas, cinco deles no estado de Veracruz, a região mais perigosa para os representantes da imprensa.
Segundo Frank la Rue, relator especial da ONU para a proteção da liberdade de imprensa, há uma piora das condições de segurança para os jornalistas, especialmente em áreas onde há conflitos não declarados, como o México. "Qualquer ataque contra a imprensa deveria ser considerado um ataque contra a própria democracia", disse Roland Bless, assessor em liberdade de imprensa da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa.
Durante um debate em Viena organizado pelo IPI e pelo Serviço de Informação das Nações Unidas, também foi abordada a necessidade de proteger ativistas midiáticos, blogueiros e jornalistas cidadãos que em alguns casos, como na Síria, substituem os informadores tradicionais.
 
Brasil - Também nesta quinta-feira foi confirmado o assassinato, em Campo Grande (MS), do jornalista Eduardo Carvalho, dono do site Última Hora News. Desde o ano passado ele recebia ameaças de morte pelas denúncias que publicava no site.
 
 
Segundo as estatísticas da ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF), o novo homicídio eleva para nove o número de profissionais de veículos de comunicação assassinados no Brasil desde o início do ano, mas o IPI só conta quatro mortes. A organização civil Campanha Emblema de Imprensa (PEC, na sigla em inglês) considera o Brasil o quarto país mais perigoso no mundo para jornalistas, atrás apenas de Síria, Somália e México. 
 
(Com agência EFE)

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