Sem acordo entre o governo e os policiais militares grevistas, o clima é de animosidade nesta quarta-feira (8), nono dia do movimento. Depois de uma terça-feira de esperança de acordo e madrugada de quarta tranquila, o cenário muda na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e suas imediações.
O presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, disse que os grevistas se preparam para um embate. "A movimentação está diferente e também estamos nos preparando".
Nesta manhã, toda a Assembleia está cercada, ao contrário dos primeiros dias, quando o foco das tropas federais estava em frente ao Parlamento. Os acessos ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) voltaram a ser fechados nesta manhã.
A chegada de viaturas com PMs em serviço ao CAB para ajudar na força tarefa de desocupação do Parlamento desagradou os manifestantes. Dois helicópteros do Exército, do modelo Pantera, também sobrevoam a região.
O juiz da Auditoria Militar Federal, José Barroso Filho, chegou nesta manhã no CAB a pedido dos grevistas. Ele foi levado por policiais do Rio de Janeiro.
O tenente-coronel Márcio Cunha, chefe de comunicação da 6ª Região do Exército, alertou aos jornalistas que eles devem permanecer dentro do QG montado para a imprensa. De acordo com ele, quem estiver fora desse perímetro não será assegurado pelo Exército, reforçando os rumores de um possível confronto entre grevistas e a tropa federal.
Não há informações de novas mesas de negociação entre o governo e os grevistas.
Houve um princípio de confronto nesta manhã, quando homens do Exército mudaram a posição das cercas que estão posicionadas ao redor do Parlamento.
Nesta madrugada, foi cortada a energia do Parlamento até 0h30. No mesmo horário, aconteceu um buzinaço na Avenida Paralela. Não há confirmação da participação de PMs no protesto na Avenida.
Proposta - O governador Jaques Wagner voltou a reforçar a proposta apresentada aos grevistas em entrevista a uma emissora de televisão nesta manhã. A oferta é de reajuste de 6,5% retroativo a janeiro e o pagamento partilhado das GAPs IV e V entre 2012 e 2015 com a primeira parcela em novembro deste ano.
"Fizemos um esforço muito grande para garantir a GAP IV a partir de novembro. Essa despesa (GAP IV e V) representa mais de R$ 170 milhões, é parte significativa do orçamento. Agora eu só posso esperar que cada policial entenda que o Estado tem um limite e não frustre a população da maior festa popular do mundo (o Carnaval)", argumenta Wagner.
Proposta - O governador Jaques Wagner voltou a reforçar a proposta apresentada aos grevistas em entrevista a uma emissora de televisão nesta manhã. A oferta é de reajuste de 6,5% retroativo a janeiro e o pagamento partilhado das GAPs IV e V entre 2012 e 2015 com a primeira parcela em novembro deste ano.
"Fizemos um esforço muito grande para garantir a GAP IV a partir de novembro. Essa despesa (GAP IV e V) representa mais de R$ 170 milhões, é parte significativa do orçamento. Agora eu só posso esperar que cada policial entenda que o Estado tem um limite e não frustre a população da maior festa popular do mundo (o Carnaval)", argumenta Wagner.
Aspra - Prisco disse que o fim da greve dos Policiais Militares (PMs) caberia somente ao governador Jaques Wagner. "A greve pode acabar em até 1 hora, só depende do governador. Basta ele assinar nossas reivindicações".
Prisco explica que a prioridade da categoria é a revogação dos mandados de prisão expedidos pela Justiça em nome de alguns PMs grevistas e anistia administrativa para todos os policiais que participaram do movimento. "Se for provado (a participação de PMs em atos ilícitos), cabe à Justiça dar a resposta à sociedade (punindo os policiais)".>>>>
Prisco explica que a prioridade da categoria é a revogação dos mandados de prisão expedidos pela Justiça em nome de alguns PMs grevistas e anistia administrativa para todos os policiais que participaram do movimento. "Se for provado (a participação de PMs em atos ilícitos), cabe à Justiça dar a resposta à sociedade (punindo os policiais)".>>>>
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